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Esporte, transporte e turismo, estruturas para bicicleta avançam no Brasil | Bicicleta News

12 de junho de 2021

A pandemia representou um grande incentivador para a promoção ao uso da bicicleta em muitas cidades. No Brasil, as vendas também aumentaram, ao ponto de estoques perto do zero serem a grande tendência nas lojas.

Já em relação à infraestrutura, algumas cidades brasileiras estão sabendo aproveitar um número maior de pessoas dispostas a pedalar para investir em espaços para bicicleta. São iniciativas focadas no esporte, no transporte e até relacionadas ao turismo.

Expansão cicloviária é o tema do Bicicleta News Especial desta semana, uma análise mais aprofundada sobre o universo da bicicleta. 

Rio de Janeiro cria mais uma APCC

O destaque da semana vem da zona oeste do Rio de Janeiro. A cidade ganhou sua quinta Área de Proteção ao Ciclismo de Competição (APCC). Agora, o Parque Radical de Deodoro se junta ao Aterro do Flamengo, Praia da Reserva, Porto Maravilha e Parque Madureira. A APCC Parque Deodoro, colada ao parque olímpico, é a primeira a funcionar também à noite, das 18h às 21h.

Recife e Fortaleza com cada vez mais quilômetros de ciclovias

No Recife (PE), nas últimas semanas a prefeitura vem entregando novas ciclovias e ciclofaixas, que agora totalizam uma rede de 150 quilômetros de estruturas dedicadas. A promessa do então candidato e atual prefeito é ampliar a malha cicloviária recifense em 100 novos quilômetros até o final da gestão. E recentemente a prefeitura assumiu compromisso de garantir ao menos uma ciclofaixa a 300 metros da casa de toda a população da cidade.

Também no nordeste, Fortaleza (CE) vem se destacando como uma das cidades que mais implementou ciclovias e ciclofaixas durante a pandemia. Entre março de 2020 e abril de 2021, foram 78,2 quilômetros de novas vias para ciclistas. Esta semana a prefeitura entregou mais uma ciclofaixa, na Av. Imperador, junto com um corredor de ônibus.

Distrito Federal volta a ter bicicletas compartilhadas

Bicicletas públicas vão voltar a Brasília. Foto: Divulgação/Semob

Em quilometragem, o Distrito Federal tem uma das maiores malhas cicloviárias do Brasil. O investimento recente, no entanto, visa aumentar o número de bicicletas em circulação nas ciclovias da capital. Brasília voltará a ter um sistema de compartilhadas, inicialmente com 500 magrelas. Um impulso extra para a mobilidade e também uma oportunidade de criar novos ciclistas. A volta do sistema DF, marcada para julho, faz parte dos planos de expansão da operadora Tembici, que pretende alcançar 10.000 bicicletas em circulação.

Ciclovias pelo litoral brasileiro, transporte e turismo em alta

Guarujá, cidade litorânea no estado de São Paulo, é outra que também investe em sua rede cicloviária. Ainda que a última expansão tenha sido bastante modesta, com apenas 700 metros, a cidade paulista tem uma rede de mais de 60 quilômetros.

Cerimônia de inauguração na Orla Sul em Aracaju. Foto: Arthuro Paganini

Planos mais ambiciosos vêm de Sergipe, por lá o governo estadual quer preparar o litoral da capital para a mobilidade em bicicleta nas praias. O programa de recuperação econômica quer preparar a orla da cidade para receber melhor os turistas quando a pandemia acabar. Toda a orla sul de Aracaju receberá readequações voltadas a pedestres e ciclistas. 

Com menos investimento em infraestrutura e mais em mudanças culturais, Niterói, no Rio de Janeiro, estabeleceu um grande circuito municipal de cicloturismo. Através de totens informativos, ciclistas locais e turistas poderão conhecer mais sobre a cidade e seus museus em um circuito de 11 quilômetros.

O avanço da infraestrutura em Niterói é meta da atual administração e o cicloturismo soma-se ao esforço de promoção ao uso da bicicleta. A cidade fluminense conta atualmente com 45 km de ciclovias e pretende expandir esse total para 60 km.

Investir na bicicleta é fundamental

Os investimentos na mobilidade urbana em bicicleta representam acima de tudo oportunidades. As verbas podem variar muito de tamanho, mas muitas vezes projetos simples e parceriais fazer nascer soluções importantes. Aproximar empresas e o poder público para promover a bicicleta, exemplo da nova APCC no Rio de Janeiro e das bicicletas compartilhadas em Brasília, ajudam. Mas colocar na mesma mesa e garantir dinheiro para obras também pode ser feito através de uma aproximação entre governos estaduais e municipais, é o caso de Sergipe e os investimentos em Aracaju.

Custos compartilhados ajudam a tornar viáveis os investimentos, mas o importante é garantir que a bicicleta esteja sempre em evidência para um futuro mais saudável e uma retomada econômica mais limpa e sustentável.

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