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Pesquisa traça panorama do mountain bike no Brasil em 2025

Ticket Sports atualiza dados de 2021 com hábitos de pedal, eventos e perfil de consumo dos praticantes do MTB

O mountain bike é a modalidade de ciclismo mais praticada e mais relevante no mercado brasileiro. E ele segue crescendo. Essa é uma das informações que traz a pesquisa divulgada pela Ticket Sports, associada Aliança Bike, considerada a maior plataforma de inscrições para eventos esportivos da América Latina.

O levantamento, intitulado “MTB no MAPA”,  é o segundo estudo realizado pela Ticket Sports para traçar o perfil do MTB nacional. Em 2025, foram entrevistados 712 praticantes da sua base de clientes, um aumento em relação aos 500 participantes de 2021. Construindo um perfil histórico, o trabalho traz dados relevantes sobre o esporte, além de apontar oportunidades e desafios futuros.

mtb no mapa

Perfil do ciclista consumidor

A pesquisa revela um praticante exigente, disposto a investir na modalidade. Mais de 20% possuem bicicletas cujo valor supera R$ 20 mil. Quanto aos gastos mensais com manutenção, 47% desembolsam entre R$ 100 e R$ 300, enquanto 6,3% gastam mais de R$ 500.

Em relação a 2021, houve aumento no investimento: 36% afirmam ter gastado mais de R$ 12 mil em uma bicicleta, ante 23% naquela época.

Os dados corroboram informações da Aliança Bike, como a Pesquisa do Comércio Varejista, onde 9 entre 10 lojas brasileiras incluem mountain bikes em seu portfólio. E ainda destaca a importância das oficinas na composição do faturamento dos estabelecimentos.

Para comprar equipamentos e acessórios, as lojas online lideram as preferências (43,8%), mas quase metade dos ciclistas também compra diretamente em eventos, apontando oportunidades para ativações de marca e negócios.

Retenção e entrada de novos praticantes

Embora quase metade dos respondentes (44,8%) pratique há mais de 10 anos, a entrada de novos ciclistas permanece tímida — apenas 5% iniciaram no último ano. Barreiras como custo elevado, dificuldade técnica, acesso às trilhas e a falta de uma comunicação mais inclusiva, especialmente com o público jovem e feminino, dificultam a ampliação da base. Um tema que merece atenção.

Daniel Krutman, CEO da Ticket Sports, destaca que o mountain bike se diferencia pela força de sua comunidade, que vai além do esporte, formando um estilo de vida, uma tribo e uma rede de apoio. “Queríamos entender se esse espírito permanece e como os organizadores podem estabelecer conexões mais estratégicas e duradouras com esse público.”

Curiosamente, o “MTB no MAPA” não traz o cenário das Bicicletas Elétricas. Em 2024, as E-MTB assumiram o protagonismo na cena dos pedais assistidos no Brasil, conforme divulgado no Boletim de Bicicletas Elétricas.

O Mountain Biker padrão

O perfil do ciclista de MTB é predominantemente masculino, representando 86,3%. A participação feminina caiu de 18,4% em 2021 para 13,7%. A maioria dos praticantes (83,3%) tem mais de 29 anos, com concentração entre 29 e 60 anos.

Geograficamente, as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte apresentaram crescimento significativo, chegando a dobrar de tamanho. Entretanto, o Sudeste ainda lidera, com 57,7% dos praticantes. O Sul todavia também registrou aumento, indicando potencial de expansão fora do eixo tradicional.

MTB e Turismo

mtb no mapa eventos

Embora haja uma grande quantidade de provas realizadas no país, 31,5% dos ciclistas não participaram de eventos de MTB no último ano, apesar de estarem cadastrados na base da Ticket Sports. Essa desconexão sugere a necessidade de ações que promovam maior engajamento.

Além disso, muitos eventos atraem participantes por uma experiência pontual, dificuldade em manter a fidelidade ao longo do tempo. Rotas de cicloturismo também foram lembradas na pesquisa.

Por outro lado, dois em cada três atletas viajam exclusivamente para participar de provas, evidenciando o forte vínculo entre o MTB e o turismo de aventura. Gabriela Donatello, head de Marketing da Ticket Sports, ressalta que o esporte deixou de ser apenas uma atividade individual.

“Quando um ciclista viaja para uma prova, movimenta mais do que o cronômetro: leva família, amigos, histórias e gera consumo local. A maioria, 87,8%, leva acompanhantes, reforçando o papel do MTB no turismo esportivo e na economia local. É uma engrenagem que opera em várias frentes.”

Na motivação para competir, 50,5% apontam o “desafio pessoal”. Outras razões incluem, entretanto, a exploração de novos locais (14,7%) e o estilo de vida (12,9%), salientando o caráter experiencial do esporte.

Krutman conclui destacando a intenção de que o relatório inspire organizadores, patrocinadores e atletas a construir um cenário mais inclusivo, sustentável e apaixonante para o mountain bike no Brasil.

Para ler o relatório completo, clique aqui.

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