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Lev Bicicletas completa 12 anos e prevê crescimento de 60%em 2022

Conheça a trajetória da empresa e do sócio Rodrigo Affonso

As histórias de Rodrigo Affonso e das bicicletas elétricas no Brasil se complementam. À frente da Lev, uma das marcas mais conceituadas do mercado nacional, ele é um dos pioneiros na forma como esses produtos vêm cada vez mais ocupando as ruas, oferecendo modelos próprios e serviços especializados para garantir as necessidades do público consumidor. “Costumo dizer que meu maior concorrente é o desconhecimento das pessoas sobre os produtos da Lev”, reflete Rodrigo.

Formado em Direito, Rodrigo Affonso abriu seu escritório de advocacia em 2007. Na mesma época, seu irmão, Bruno, foi morar na China onde teve seu primeiro contato com uma bicicleta elétrica, sua opção de transporte em função da proibição de estrangeiros dirigirem carros lá. E na virada do ano, ao vir para o Brasil para passar o Natal, ele trouxe um modelo chinês embalado, garantindo a diversão da família na montagem e nas experiências com a nova bike.

Como os Affonso têm um perfil de família empreendedora, eles decidiram investir nesse negócio de bicicleta elétrica. Mas em 2008 houve a crise mundial com a explosão do dólar e a empreitada acabou sendo adiada um pouco. No entanto, logo em 2009, quando a economia voltou aos eixos, retomaram o projeto, desenvolveram a marca e a linha de produtos e em março de 2010 abriram a primeira loja da Light Eletric Vehicle, a Lev, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Nos próximos seis anos, Rodrigo se dividiu entre o escritório de advocacia e a Lev, enquanto Bruno seguiu na China e rodando o mundo atrás de novidades no mercado das bicicletas elétricas. Enquanto outros comerciantes desse segmento se limitavam à importação de modelos, os Affonso enxergaram mais longe. “Era preciso criar uma butique de e-bikes, mudar a imagem de bicicletaria, para o consumidor se sentir parte do produto”, conta Rodrigo. “Isso surtiu efeito a médio e longo prazo. Quem ia comprar uma bicicleta elétrica ia comprar uma Lev”, completa.

A vida pessoal de Rodrigo também se adequou a essa nova realidade. Ele fechou o escritório em 2016 e passou a se dedicar exclusivamente à Lev. “E há cinco anos não tenho mais carro, minha vida é 100% na bicicleta elétrica”, conta.

Nesses 12 anos de existência a empresa só vem registrando aumentos, e de 2019 para cá os números giram acima de 50% no crescimento do negócio. A Lev se tornou uma rede, com 18 lojas no Rio, sete em São Paulo, duas no Rio Grande do Sul e a segunda sendo construída no Espírito Santos, com novas praças à vista em Fortaleza (CE), Balneário Camboriú (SC), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). “Apesar da pandemia, conseguimos manter o crescimento e neste ano estamos projetando um aumento de 60% no faturamento”, diz Rodrigo.

Para ele, o mercado de bicicletas elétricas ainda é embrionário e faz uma comparação dos números no Brasil com os dos Estados Unidos. “Nos Estados Unidos, em 2019 foram vendidas 180 mil bicicletas elétricas, e neste ano saltou para 1,2 milhão. Aqui, contando o País inteiro, vendemos 40 mil bicicletas elétricas no ano, mas nos próximos quatro anos devemos chegar a 800 mil”, calcula Rodrigo, ressaltando que, em 2021, 51% dos consumidores eram mulheres, contra 49% de homens.

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Paulo Cabral

Paulo Cabral é jornalista formado pela Universidade de Brasília com anos de experiência em rádio, TV e revistas. Ciclista de passeio, acredita na bicicleta como forma de ocupação sustentável e democrática das cidades.

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