Egan Bernal conquistou mais uma camiseta rosa para a América Latina. Mas o campeão do Tour de France 2019 está longe de ser talento único em seu país. Nas grandes voltas, Nairo Quintana já havia vencido o Giro em 2014 e a Vuelta a España em 2016.
O que realmente impressiona, são os mais de 5 anos em que a Colômbia figura sempre entre os 10 países mais fortes no World Tour, brigando de igual com as tradicionais nações européias.
Nada disso é coincidência, ou talentos produzidos ao acaso. Há décadas, nossos vizinhos andinos produzem grandes campeões em diversas modalidades do ciclismo. Mas o segredo não se resume à Cordilheira dos Andes e a uma população acostumada ao ar rarefeito.
Desde pelo menos os anos 1950, a Colômbia investe com seriedade na bicicleta. Trata-se do esporte nacional que traz muitas glórias nas estradas, nos velódromos, pistas de BMX etc. A lista de grandes nomes da bicicleta vai da estrela maior do BMX Mariana Pajón até talentos mais antigos como Martín Emilio Rodríguez (o Cochise), Luis “Lucho” Herrera e Fabio Parra.
O Brasil já teve atletas no World Tour e tem hoje o campeão mundial Henrique Avancini no MTB. Mas para garantir presença contínua nos lugares mais altos do ciclismo, é preciso tratar com seriedade e investimento o esporte que tem inúmeras medalhas olímpicas em disputa, além de tantas outras glórias possíveis.
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