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Legado das Águas se prepara para atrair mais ciclistas na maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil

10 de julho de 2023

Seminário que será realizado neste mês vai promover a sinalização das trilhas para cicloturismo

Imagine pedalar em meio à Mata Atlântica, passando pelo rio Juquiá e por cachoeiras, e ainda com grandes possibilidades de esbarrar com animais nativos como antas, araras, tamanduás mirins e veados campeiros pelo caminho. Isso é possível no Legado das Águas, uma área de 31 mil hectares inserida no maior complexo do bioma conservado do país, entre as cidades de Miracatu, Tapiraí e Juquiá, no interior de São Paulo. Com estrutura que conta com hospedagem, restaurante e agentes de monitoramento, de turismo e de segurança, ir de bike para lá pode ficar melhor ainda.

É que o Legado das Águas vai promover nos próximos dias 22 e 23 o Seminário de Sinalização de Trilhas – Rota de Aventura Legado das Águas, um evento que, entre outras atrações, vai pôr em prática a sinalização da Rota de Aventuras para os ciclistas. “O seminário é para falar da importância das trilhas, têm os temas que a gente já está divulgando, mas vai ter a oficina de sinalização de trilhas justamente para sinalizar o percurso de bike”, conta William Mendes, consultor de negócios do Reservas Votorantim, do qual o Legado é uma filial, e diretor regional São Paulo da Rede Brasileira de Trilhas.

A área conta com uma estrada de cerca de 80 km em forma de Y, de chão batido, que liga as extremidades da reserva, e é por ela que o ciclista tem acesso aos atrativos do local. De um lado, no sentido Juquiá, há uma travessia de 72 km, e do outro, sentido Tapiraí, outra de 64 km. Ambas têm alto nível de dificuldade e exigem certa experiência no pedal.

Também há um trecho próprio para o mountain bike, de 37 km, de dificuldade média. Uma singletrack de 3 km completa as opções para os ciclistas. Todas já tem sinalização básica, mas ganharão placas próprias para o ciclismo na parte prática do seminário.

“A intenção é atrair mais ciclistas”, confirma William Mendes. Atualmente, a maior procura no Legado das Águas é para a canoagem, uma prática que se faz no rio Juquiá, numa extensão de 9 km em meio a águas cristalinas e só com o som da biodiversidade em volta. Em seguida o interesse vai para as trilhas e suas cachoeiras, sendo que apenas algumas delas, com monitoramento, estão abertas para visitação. Em terceiro vem o ciclismo, com grupos esporádicos de vinte a trinta integrantes.

E será no meio dessa área conservada de Mata Atlântica que se realizará o seminário, que vai contar com a participação do diretor executivo da Aliança Bike, Daniel Guth, que ministrará a palestra “Geração de emprego e renda a partir de rotas e circuitos cicloturísticos: desenvolvimento de negócios e serviços para usuários desse segmento” no domingo, 23. “Estar com a Aliança é como um endossamento, é credibilidade que traz para o nosso seminário”, avalia William Mendes.

O evento contará com outros convidados como Camila Bassi, da Rede Brasileira de Trilhas e coordenadora do Caminho da Fé, tema de sua palestra, Milton Dines, arquiteto especialista em planejamento de áreas protegidas, que fará uma exposição sobre os benefícios das caminhadas em trilhas para a saúde, além do próprio William Mendes, que falará mais especificamente sobre a questão da sinalização de trilhas. As inscrições já estão abertas e os ingressos podem ser adquiridos pelo site.

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Paulo Cabral

Paulo Cabral é jornalista formado pela Universidade de Brasília com anos de experiência em rádio, TV e revistas. Ciclista de passeio, acredita na bicicleta como forma de ocupação sustentável e democrática das cidades.

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