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Com 100 mil bikes produzidas por ano e 130 colaboradores diretos, Athor aposta na recuperação do mercado ainda em 2023

21 de agosto de 2023

O otimismo com o mercado de bicicleta está na planilha da Athor, que há 12 anos incrementa o cenário industrial brasileiro com uma extensa linha de bikes. Com sede em Lagoa da Prata (MG), a empresa segue investindo em infraestrutura e em produtos, apesar da retração no nosso mercado no pós-pandemia.

“Tivemos no primeiro semestre uma grande oferta de produtos e baixa demanda, mas iniciamos o segundo semestre com sinal de recuperação das vendas. Acreditamos que, com a chegada do Dia das Crianças e do Natal, teremos um aquecimento, fechando o ano com 10% de crescimento em relação ao ano passado”, projeta Pedro Gomes, fundador da Athor.

No ramo de bicicletas há 22 anos, Pedro foi sócio de outra montadora até 2010, quando assumiu o negócio e o vendeu. No ano seguinte, com a parceria dos filhos, fundou a Athor fabricando garfos, quadros e guidões. Em 2013, com as rodas na linha de produção, a empresa atingiu a autossuficiência reduzindo a importação dos componentes para 40% da montagem de uma bicicleta.

O processo evolutivo vem acompanhando a Athor desde então, com marcos como os quadros de aço carbono a partir de 2015 e a entrada no ramo do mountain bike com bicicletas de alta performance entre 2016 e 2017. Atualmente, a fábrica tem capacidade para produzir 600 bikes por dia, mas a produção diária está em 400 unidades.

“Fizemos alguns investimentos antes da pandemia e aumentamos nosso parque fabril nos últimos 12 meses com uma mudança radical em nosso layout, otimizando nossos espaços físicos para melhorar nosso ambiente de trabalho e melhorar nossa produtividade”, conta Pedro Gomes. “Atualmente temos um projeto para investimento em tecnologia e maquinários com o objetivo de aumentar a capacidade produtiva e nossa participação no mercado”, completa.

Com 130 colaboradores diretos e outros 50 indiretos, um dos maiores entraves para um melhor desempenho da Athor é o custo de produção maior no mercado brasileiro devido aos fatores regionais. Mesmo assim, Pedro Gomes garante a flexibilidade da empresa, com capacidade para atender as demandas e para exportar suas bikes para alguns países da América do Sul.

“Estamos sempre de olho nas tendências globais e buscamos seguir o que o mercado apresenta. Já na parte tecnológica, ainda precisamos evoluir um pouco, pois as soluções são bastante caras para o mercado nacional”, analisa o fundador da Athor.

Mas nada que freie o arrojo da empresa em lançar novos produtos. Além de mudanças na linha convencional com alterações no design, com cores otimizando a geometria das bikes, estão previstos lançamentos no segmento high-end como a nova Storm, com quadro de alumínio liga 6061 e cabeamento interno. E também já está em fase de finalização o projeto da bicicleta elétrica da Athor, uma urbana com tração traseira, componentes Shimano e motorização Bafang.

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Paulo Cabral

Paulo Cabral é jornalista formado pela Universidade de Brasília com anos de experiência em rádio, TV e revistas. Ciclista de passeio, acredita na bicicleta como forma de ocupação sustentável e democrática das cidades.

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