Leis de Incentivo e Ciclismo: como projetos sociais transformaram Paulínia (SP) em uma cidade da bicicleta
O X Park Serra Azul é só a ponta do iceberg de uma atuação longeva do ex-atleta e empresário Julio Brustolin. Nossa primeira conversa com ele foi justamente sobre o bike park do qual ele é sócio e que está movimentando a região de Serra Azul, no interior de São Paulo – e sobre isso você pode conferir este episódio do Aliança Bike Podcast.
Convidamos Julio para um novo papo e o resultado dá um panorama do potencial que as parcerias entre sociedade civil e iniciativa privada têm para fortalecer o ciclismo brasileiro. Não sem uma boa dose de gestão e coordenação para aproveitar as oportunidades, como leis de incentivo e parcerias.
As raízes no Bicicross e na comunidade
Ainda em 1980, Paulínia (SP) tinha uma pista de bicicross que reunia alguns ciclistas, dentre eles filhos pequenos dos empresários locais. Julio era um deles, que aos oito anos de idade voltou para casa uma dessas tardes determinado a encontrar sua certidão de nascimento para competir a 3a Copa Paulínia, que aconteceria no dia seguinte. De volta com o troféu na mão, o pai reconheceu o interesse e passou a acompanhar os treinos.
Junto com outras famílias, alí começava uma organização coletiva que em alguns anos se tornaria o Paulínia Racing Bicicross. Mas não sem antes rodarem o Brasil e América do Sul conquistando títulos – mais com o apoio dos próprios pais, mas também com algum suporte da prefeitura, que ainda em 93 destruiu a pista local.
“Um divisor de águas foi a vinda do técnico Ricardo Alves, que era do atletismo, educador físico e formado em psicologia esportiva. Ele trouxe toda aquela disciplina do atletismo para nossos treinos e, de forma muito pioneira, aplicou um paralelismo dos 200 metros com barreiras ao nosso circuito também muito rápido, curto e com explosão para grandes saltos”, comenta Julio sobre a contratação da prefeitura.
Nessa época os treinos ainda não aconteciam em uma pista, mas sim em algumas rampas improvisadas pelos próprios atletas. Ainda assim, os resultados continuavam a chegar, maiores agora com os treinos de Alves.
Com o estatuto de uma associação da Stock Car trazido pelo Robles, pai de Daniel Jorge, o grupo se inspirou e, em 1997, fundou o Paulínia Racing Bicicross e foram à Câmara apresentar os títulos conquistados nos últimos anos, em um encontro que reuniu também empresários da região. Um deles era um diretor da Petrobras, da maior refinaria da américa latina, até hoje instalada em Paulínia (SP).
“Ele nos pediu um projeto de um dia para o outro. O Ricardo e nossos pais se mobilizaram e entregaram uma proposta que celebrou nosso primeiro patrocínio. Era um valor pequeno, na época algo como 30 mil reais”. Naquele mesmo ano, a equipe de Bicicross de Paulínia foi ao Canadá e Rodrigo Alarcon se tornou campeão mundial na categoria Boys 8 anos e Ana Flavia Sgobin ficou com o quarto lugar na categoria sub23.
No ano seguinte, em 98, a prefeitura enfim cedeu um terreno no complexo poliesportivo da cidade para a instalação da sede da associação, que construiu com recursos próprios uma pista no local e onde promove projetos até hoje. “Mais uma vez os pais entraram com o apoio através da doação de materiais que muitos já trabalhavam com suas empresas. Fizemos um mutirão de construção e em 98 mesmo sediamos a final do campeonato brasileiro de bicicross”.
Em 1999, a equipe de Paulínia viria a se tornar campeã brasileira da modalidade. Mas, neste mesmo ano, a patrocinadora Petrobras sugeriu que o projeto abarcasse um atendimento mais social com as crianças e jovens do município e, em 2000, a associação estava providenciando a primeira frota de bicicletas para as aulas do projeto social.
Esporte como ferramenta de integração e acesso
Mais uma vez, a liderança do técnico Ricardo Alves com seus conhecimentos aplicados de psicologia esportiva apoiou a consolidação das bases daquela iniciativa. “O bicicross é muito rápido, nós precisamos chegar naquele momento da competição muito concentrados e unidos. É um esporte individual, mas a união da equipe é fundamental para tranquilizar e dar força pro competidor”.
No início dos anos dois mil, o projeto abarcava a escolinha, a equipe de aperfeiçoamento e a equipe principal. O ciclo de evolução proporcionou títulos que inspiraram as categorias anteriores a persistir no esporte, bem como serviram de exemplo para outras equipes.
“A gente cobrava quatro pilares e até hoje nosso método é este: 1) tem que estar bem na escola, com frequência e boas notas; 2) comparecer aos treinos para progredir na pista e no esporte; 3) senso de cidadania e socialização; 4) resultados nas competições. Nunca de forma excludente, precisa estar bem em todos os aspectos”. Nessa época a associação chegou a atender 230 alunos, contavam com muitos voluntários e estagiários.
A prefeitura até aqui continuava com apoios pontuais, como ambulâncias para as competições e às vezes o translado. “Conseguimos algum apoio em recursos financeiros, mas não eram muito significativos. Ainda que em 2002, a prefeitura se uniu à Petrobras para nos apoiar na realização do Mundial de Bicicross da UCI em Paulínia”.
Para o mundial foi construída uma pista com nível internacional pelo Rom Ritz, construtor de pista da UCI, numa época em que a modalidade almejava entrar nas Olimpíadas – o que aconteceu em 2008. “Fez muita diferença a governança que já garantíamos há alguns anos. A própria UCI parabenizou a organização, a prestação de contas e a receptividade”. Em 2003, a equipe de Paulínia ainda foi campeã mundial na Austrália.
De lá para cá, foram seis campeões mundiais direto da base de Paulínia, sendo três desses títulos de atletas femininas.Joana Correia (Bi Mundial 2002 e 2006), Márcio Ataíde (2006), Maite Naves (2011), Rodrigo Alarcon (1998), Jovenil da Silva (2006)
A hegemonia no bicicross durou 15 anos com o patrocínio da Petrobras e Julio conta que a empresa trazia o feedback de que, em termos de divulgação de mídia, eles davam mais retorno do que o time do Flamengo, à época também patrocinado pela companhia. “Falavam em um retorno de cerca de 70 vezes o valor investido”. Tantas movimentações também influenciaram o mercado: algumas marcas lançaram quadros com nomes de atletas de Paulínia, como a Marca ICB lançou a bmx Angelo Neto, a Monâco lançando marca com Allan Jonas Duarte e novas equipes surgiram. Até a operação Lava Jato, que colocou a Petrobras sob escrutínio popular.
Leis de Incentivo e a consolidação do projeto
“Foi um divisor de águas e nós, ainda que muito cândidos na gestão dos recursos que nos eram direcionados, vimos ali a necessidade de buscar outras fontes de financiamento, num cenário que começava e regular os repasses a organizações sociais. Escrevemos nosso primeiro projeto para a Lei Federal de Incentivo ao Esporte em 2013”.
Julio garante que o dispositivo legal de repasses evoluiu muito desde então e os meses que viravam anos entre uma fase e outra não ditam mais o ritmo. A legislação avançou e hoje todo o processo está mais eficaz.
Mas até ali, a realidade era outra e o primeiro projeto via lei federal só conseguiu captar a verba em 2015, com o banco ING e também com a Braskem, que no ano anterior já havia confirmado o patrocínio no projeto via lei de incentivo estadual. Vale um esclarecimento sobre a natureza desses dispositivos, sem aprofundar, é importante observar que em nível federal os repasses acontecem quando há lucro na operação da companhia e, em nível estadual, esse valor é parte do que seria pago via ICMS ao governo do estado mensalmente. Mas Julio diz que a lei estadual tem sido prejudicada pela política com muitos engessamentos.
Em 2016, Julio assumiu a presidência do Paulínia Racing Bicicross trazendo sua experiência com administração de empresas e sua vivência com a auditoria de normas contábeis e fiscais.“Digamos assim: eu já era um burocrata dos papéis e comecei a fazer esse relacionamento, escrever projetos e percebi a amplitude de possibilidades para inscrições em editais que podiam apoiar nosso esporte cobrindo gastos que as lei de incentivo não cobre, como reformar uma pista, comprar bicicletas etc”.
Logo no início de sua gestão, Julio já conseguiu aprovar o financiamento de 100 mil reais para a reforma da pista e a compra de 25 novas bicicletas via Itaú Social. Pela lei de incentivo, a associação seguiu com a Braskem e conseguiu captar com a Tigre. Com o surgimento das agências de captação, os projetos já redigidos também eram enviados para a base dessas empresas, que têm sua atuação prevista na lei.
Os projetos via Lei de Incentivo também traziam um novo aspecto: se antes com os repasses com convênios permitiam fatiar a verba para social e alto rendimento, nas leis de incentivo não – o público é um ou outro e os projetos também precisam ser. “Eu comecei a escrever projetos para duas áreas, mas quando chegavámos na apresentação era fácil ver o interesse crescer por um escopo que atendesse centenas de alunos frente a duas dezenas de atletas de elite. O nicho era outro e comecei a buscar as certificações que apoiam a captação também no alto rendimento, já que ele é muito importante para inspirar a base”.
As certificações exigem ainda mais transparência, como um o site com mais documentos de acesso público e planejamentos detalhados. Alguns selos também são dados a partir da submissão a auditorias externas.
“Pode parecer que complexificou, mas é um cenário de transparência muito maior, que garante que os repasses acontecem dentro da lei e com finalidade e coerência. Para as empresas também é muito bom, pois a lei garante uma governança no projeto e a fiscalização via órgãos públicos.”
O engajamento para aproveitar oportunidades
Julio estava tão convencido do caminho aberto que levou os papéis para a Competição Paulista de Bicicross, certo de que entregaria a fórmula do sucesso para seus pares. “Mas no ciclismo ainda falta um olhar de gestão, ainda estamos muito focados em andar de bicicleta e se divertir. Mas as prefeituras estão cada vez com menos recursos, enquanto há novos dispositivos de financiamento para nosso esporte”.
A segunda decepção não tardou, quando na Brasil Cycles Fair de 2017 – hoje Bike Brasil – Julio ouviu do mercado que o BMX não dá demanda. Em entrevista, ele próprio lembrou da porcentagem revelada pelo boletim técnico do varejo publicado pela Aliança Bike, que mostra que apenas 2% dentre todos os modelos de bicicletas comercializados se enquadram nas modalidades do BMX.
De volta a Paulínia, a baixa dos lucros das companhias começaram a ameaçar os repasses via lei de incentivo federal e foi a hora do endomarketing entrar em jogo para uma nova rodada de captações: “Eu falei pros pais: se vocês acreditam que o projeto deve continuar eu só peço que vocês tragam nomes de colaboradores de dentro das grandes empresas da região, para que a gente possa buscar patrocínios”.
Numa dessas apareceu o cartão de uma diretora da Syngenta com quem conseguiram mais um patrocínio duradouro que permanece há mais de 5 anos.
Escola de Bicicross – Formando Cidadãos já está no seu sexto ano de realizações, que seguiram sendo majoritariamente viabilizados via lei de incentivo federal. Para os apoio aos atletas de elite, o que mais tem funcionado são os patrocínios via edital ou apoio, num esforço de não deixar que essa categoria perca força no território. “O que acontece é que o alto rendimento além de ser gerador de conteúdo é um espelho para categorias de base. Já tivemos grandes atletas como o próprio Renato Rezende”.
Em 2019, dez anos após a realização do campeonato brasileiro de bicicross na cidade, Paulínia voltava a receber a disputa nacional. Mais que isso, a CBC observando o cenário local propôs que o município sediasse também o campeonato brasileiro de ciclismo de estrada Elite e Sub23. O Paulínia Racing Bicicross conseguiu parcerias com comércios e hotéis locais e com a prefeitura, que forneceu parte da estrutura para a realização das provas. Ambos os campeonatos brasileiros, de ciclismo de estrada e bicicross, aconteceram em Paulínia durante o feriado do padroeiro (Sagrado Coração de Jesus) da cidade.
“E a gente tem um grupo tão unido, que o pessoal da CBC brincou que o melhor campeonato brasileiro de estrada foi realizado pelo BMX. Foram três dias de provas muito boas e as ruas da cidade acomodaram muito bem o percurso, sendo desafiador mas também seguro. Ali eu pensei: tá na hora de sair da caixinha”, Julio se diverte ao comentar.
Seguindo o pensamento, Julio traz um aspecto muito legal do BMX que não só ele argumenta: para chegar num nível deste no ciclismo de estrada e em outras modalidades com bicicleta, o BMX é uma escola que ensina como nenhuma outra. A preocupação aqui também era a evasão que aumentava no projeto quando os alunos entravam na adolescência. Julio pondera sobre mudanças no próprio bicicross, que com o tempo se tornou um esporte de ainda mais contato e, portanto, com mais riscos de quedas e contusões.
“Mas até aquele momento entre se profissionalizar no bicicross ou não, nós já trabalhamos toda uma base cidadã através do esporte que não dá pra deixar pra lá. A migração para outras modalidades é bem-vinda, e mantêm o jovem no esporte numa fase da vida em que as coisas não são tão fáceis e há muitas novas experiências, inclusive aquelas que podem ser ruins para sua vida”.
Outras modalidades como aliadas para alcançar mais pessoas
Numa área verde da cidade do Parque Brasil 500, a associação propôs à prefeitura a construção de uma pista de XCO, que foi inaugurada com 7 quilômetros ainda em 2019, em parceria com ciclistas que já pedalam MTB por ali. Então, em 2020, a CBC voltou a procurar o Paulínia Racing Bicicross para organizar a etapa de abertura da Copa Brasil de Paraciclismo de Estrada. Mantendo a estratégia de unir eventos, no mesmo final de semana promoveram o GP Paulínia de Ciclismo de Estrada.
Neste mesmo final de semana agitado pelo ciclismo em Paulínia (SP), até o documento do Rodrigo Hilbert foi achado no chão: “Chegaram pra mim falando que massa que tínhamos conseguido trazer o Rodrigo e eu eu fiquei pensando se era o Rodrigo Fumaça da Foco Radical. Quando vou ver aparece o próprio Rodrigo Hilbert me parabenizando pela organização”.
2020. Pandemia do COVID-19. “Eu sabia que era aquele momento que esses jovens mais iriam precisar da gente. Corremos para estabelecer um protocolo sanitário apresentando as fases e ações para que a prefeitura autorizasse a sequência do projeto”. Há sempre na equipe dos projetos uma psicóloga, uma assistente social, coordenador técnico e professores. Quatro anos depois, todos sabemos a relevância que este período teve na saúde mental de crianças e adolescentes e a importância que atendimentos como esses têm na prevenção de síndromes.
Naquele momento, a associação também se tornou um articulador para que doações de cestas básicas e outros itens fossem feitas por empresas privadas à população local. Também tinham estabelecida uma parceria com a APAE no município. “Recebemos a primeira doação de duas mil peças de roupas da Malwee que foram distribuídas. Depois queriam doar outras 7 mil; foi a oportunidade de fazer uma bazar beneficente e arrecadar fundos para ampliar o atendimento na sede do nosso projeto”.
Com a prefeitura, estabeleceram uma parceria de atendimento social primário, em que o esporte era uma das ferramentas e não a única. “Muitos pais também começaram a fazer aulas com seus filhos, o que reforçou o espírito comunitário”. As aulas são sempre gratuitas.
Então nasceu mais um projeto: Escola de MTB – Pedalando pela Cidadania, que foi apoiado pela Bayer, outro grande player de Paulínia. Nova equipe, mais bicicletas, manutenção na pista e 100 alunos por 12 meses. O mais legal: fica a 700 metros da sede do projeto Escola de Bicicross – Formando Cidadãos e no caminho mais uma camada do projeto: educação de trânsito e mobilidade em bicicleta. “Já estamos no terceiro ano de patrocínio via lei de incentivo federal, começamos com foco nos adolescentes, que eram um gargalo, e hoje já temos alunos mais novos que logo querem migrar para MTB”.
Sobre a lei federal, Julio volta a falar sobre as melhorias que houveram nos últimos quatro anos, que permitem antecipar problemas e melhorar a prestação de contas. Ainda que eles próprios nunca tenham tido nenhuma solicitação de adequação ou ressalvas. Julio fala sobre a relação com as empresas que patrocinam os projetos e como tem sido importante um diálogo propositivo que contribui para que as parcerias perdurem. Como exemplo, ele cita uma edição da SIPAT da Bayer para a qual eles ofereceram uma oficina sobre bem estar e saúde através da bicicleta aos funcionários da companhia. Na pandemia ainda promoveram oficinas sobre educação no trânsito, respeito ao ciclista e convivência com motoristas profissionais. Confira a matéria da Globo sobre o tema.
Como as coisas estão hoje
Atualmente Julio Brustolin não está mais como presidente da associação – quem ocupa o cargo é Marcelo Suckow – mas segue apoiando a escrita e captação de projetos, que ano a ano ganham novos patrocinadores. “2021 por exemplo voltamos a ganhar um edital da Petrobras, também em que o ciclismo é um dos elementos mas não só. Pois com o tempo fomos percebendo que para trazer toda a família, outras atividades podiam ser combinadas”.
O que agora estão sentindo falta é de recursos para o alto rendimento, para organizar campeonatos e eventos. Uma das apostas é no Bicicross como esporte de arena, para ser assistido e trasmitido. O Paulínia Racing já organizou cinco Bicicross Américas que passaram na TV Globo. “Diferente do XCO ou mesmo do ciclismo de estrada, no Bicicross são 30 a 50 segundos de show, mas é preciso ter muita organização para dar conta da dinâmica e é isso que temos aprimorado, trazendo parceiros para termos campeonatos melhores que possam se tornar mais atrativos para patrocínios”.
Hoje Julio está como conselheiro de ética da CBC e ajuda a analisar casos específicos. No convívio com os gestores das federações, ele sempre argumenta que a estratégia para o ciclismo crescer como um todo depende de clubes mais estruturados e regulares, para buscar leis de incentivo que são a fonte de financiamento mais acessível ao seu ver. Sempre de olho na comunidade como um todo, “pois empresa nenhuma vai querer ser uma ‘paitrocínio’ para um atleta ou outro apenas, ela vai querer algo mais amplo”.
“Hoje temos 30 clubes só no estado de São Paulo, se cada um atendesse 20, 30 ou 50 alunos, a gente já ia ter que dividir o campeonato em mais dias. Temos que pensar o que está sendo feito pela base, pelas próximas gerações no esporte. É sobre popularizar o acesso. Para chegar um Avancini da vida, quantos não ficaram na base. Por isso ela precisa ser ampliada, lapidada, para termos também grandes resultados”.
A ambição do Paulínia Racing é voltar a ter grandes nomes na elite do esporte, mas vindos da base dos próprios projetos. Um exemplo disso foi a vitória de Matheus Augusto de Oliveira dos Santos, filho do atual presidente, na primeira etapa do campeonato paulista de bicicross na categoria junior este ano – Matheus vem da base do projeto desde os oito anos de idade. O MTB e o ciclismo de estrada também vêm ganhando espaço na cidade.
Hoje Paulínia (SP) tem 120 mil habitantes, e o Paulínia Racing arrecada cerca de 4 milhões por ano com seus projetos na cidade, que vão desde emendas parlamentares para passeios ciclísticos, leis de incentivo para projetos de escola esportiva, até grandes projetos de assistência social, como o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos. Julio garante que recursos e projetos têm muitos e que “quanto mais visibilidade o ciclismo tiver, maior os ganhos para toda a sociedade”.
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