Labici: uma ideia que começou como hobby e hoje se consolida no mercado de bicicletas de alta performance
A visão empreendedora de Guga Santos e sua esposa Maria Augusta transformou o amor pelo esporte em oportunidade de suprir as carências do mercado nacional de alta performance
A paixão pela bicicleta, aliada a um olhar afiado de empreendedora, foram os pilares para a criação da Labici, uma importadora e distribuidora que nasceu para suprir as carências do mercado nacional de alta performance. A empresa está no mercado desde 2010 oferecendo bicicletas, componentes, além de produtos nutricionais e artigos para natação.
Guga Santos e sua esposa Maria Augusta costumavam viajar pelo exterior para fazer provas de ciclismo e IronMan. Nessas oportunidades percebiam que vários produtos não eram encontrados no Brasil e dessa oportunidade nasceu a Importadora Labici. Em entrevista à Aliança Bike, Guga Santos, cofundador da LABICI, contou um pouco sobre a trajetória da empresa.
De onde veio a ideia de criar a LABICI?
Veio do hobby. A gente [Guga e a esposa Maria Augusta] já tinha como hobby o ciclismo e o triathlon. Estávamos, sempre que possível, em viagens no exterior para provas como IronMan, La Ruta, fazendo provas de Mountain Bike assim que conseguíamos tirar umas férias. Na época eu trabalhava em um banco e gostava do meu trabalho, mas tinha a certeza de que não seria para sempre, então um dia eu e ela resolvemos ter o nosso próprio negócio, voltado para aquilo que realmente gostamos.
Qual era o foco principal da empresa? Como começou o desenvolvimento da empresa?
Nas viagens sempre víamos vários produtos que não era possível encontrar aqui no Brasil. Então a partir da minha experiência com o mercado, toda essa visão de como fazer o negócio acontecer, e percebendo a carência desses produtos de performance no Brasil, começamos nosso trabalho de importação.
Começamos importando alguns produtos nutricionais, repositor energético e posteriormente firmamos algumas parcerias que trabalham com a gente até hoje. Caso como da marca italiana Effetto Mariposa – que produz o selante para bicicleta – e da Rotor, produtora dos pedivelas com medidor de potência e de performance, e fomos expandindo a quantidade de marcas ao longo do tempo. O foco primordial sempre foi a performance, não queríamos fazer algo que outras pessoas e empresas já estavam fazendo. O objetivo nunca foi ter uma massificação de produtos, mas sim atuar em um nicho.
Qual o público alvo da LABICI?
O nosso mercado é do entusiasta de alta performance, não é do atleta propriamente dito. Nosso foco é aquela pessoa que quer um produto único que propicie alguma vantagem adicional na performance dele. Nós relacionamos esse segmento a um público de alta renda, alguém que já possui um investimento em bike e encontra no esporte uma válvula de escape.
Como é dividida a equipe LABICI?
Eu e minha esposa trabalhamos no dia a dia, na operação, junto a mais 15 funcionários. Divididos em vendedores – que fazem todo o acompanhamento desde a venda até a pós-venda – e uma equipe de marketing forte em divulgação, que auxilia os lojistas com materiais e com uma parte mais técnica, que dá todo o suporte em relação aos produtos e as áreas administrativas. Investimos muito para ter um bom time.
Como é a relação da empresa com os lojistas?
No passado tínhamos uma escola, a Labici Workshop, que realizava uma série de treinamentos técnicos com lojistas de todo o Brasil, mas o projeto deu uma pausa na pandemia, mas pretendemos retomar futuramente. Hoje, realizamos um trabalho de treinamento que consiste em mostrar como utilizar os produtos da marca no cotidiano da loja. O objetivo da LABICI é continuar estreitando os laços com lojistas, investindo na parte educacional.
Por enquanto não há um trabalho direcionado a atletas. No presente momento, a importadora e distribuidora se prepara para participar da EuroBike – uma das feiras de bicicleta mais importantes do mundo.