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Ciclista avançar o sinal vermelho? Lyon, na França, mostra vantagens

Novo estudo mostra vantagens em flexibilizar regras para ciclistas em algumas condições

27 de novembro de 2024

Um estudo realizado na área metropolitana de Lyon, na França, voltou a atestar que, sob algumas circunstâncias, o ciclista cruzar o sinal vermelho pode ser bom para o trânsito e, ao mesmo tempo, seguro para todos.

Como parte do Plano de Mobilidade Urbana da cidade francesa, foram colocadas placas M12 e Sinais R19 (com luz amarela piscante) autorizando a passagem dos ciclistas em pontos onde os semáforos possuem fases diferentes e/ou em situações em que eles podem avançar após respeitar a prioridade dos demais.

Em outras palavras, formalizou algo que muitas vezes já acontece na prática.

A análise comparou o comportamento dos ciclistas em 10 cruzamentos com diferentes configurações em três períodos distintos. Antes da instalação dos painéis/sinais, logo após e 6 meses depois da instalação. A avaliação incluiu análise de vídeo, pesquisas com ciclistas no local e indicadores de segurança viária.

Os dois modelos de sinalização também estão em prática em outras cidades francesas, como Rennes

O relatório afirma um fluxo muito mais dinâmico e mais rápido das bicicletas. Ao mesmo tempo em que os ciclistas continuaram respeitando os outros sinais. A segurança das viagens tampouco o número de sinistros sofreram alguma piora em suas estatísticas.

O que você acha deste conceito? Funcionaria nas cidades brasileiras?

O trabalho conduzido pelo CEREMA, uma instituição pública, que fornece conhecimento técnico, pesquisa e suporte para políticas de mobilidade. O conteúdo na íntegra do projeto ‘Sinalização para ciclistas em cruzamentos de semáforos‘ está disponível aqui (em francês).

Exemplos de outras cidades pelo mundo

O vídeo acima mostra uma teoria que ficou conhecida como Idaho Stop. O pequeno estado norte-americano aprovou há alguns anos que ciclistas pudessem avançar sinais vermelhos ou placas de PARE. Assim, ele “apenas” diminui a velocidade e confirmando a ausência de outros veículos ou pedestres no cruzamento. Todavia, eles aumentaram as multas para quem passa rápido, sem atenção. Vários outros Estados seguiram a mesma regra e, consequentemente notaram a taxa de sinistros, inclusive, diminuir. (Leia mais)

Na Europa, a cidade de Viena, na Áustria, permite que ciclistas virem à direita em semáforos vermelhos em mais de 300 locais. Segundo a ECF (European Cyclists Federation), os resultados positivos serviram do mesmo modo, como exemplo para nove cidades alemãs, com números compartilhados na última Conferência Internacional de Segurança de Ciclismo.

Grünpfeile (setas verdes) é um programa austríaco implantado a partir de 2022

Grünpfeile (setas verdes) é um programa austríaco implantado a partir de 2022

A Bélgica, que há muito tempo permite que ciclistas virem à direita em semáforos vermelhos ou sigam em frente em cruzamentos em T. Além disso, expandiu recentemente seu conjunto de painéis para fornecer outras isenções para ciclistas, seguindo o mesmo exemplo de Lyon.

Ainda de acordo com a ECF, o Grupo de Especialistas em Infraestrutura para Bicicletas da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa propôs que um painel indicando isenção de semáforo para ciclistas seja incluído na Convenção Internacional sobre Sinais de Trânsito. Isso ajudaria a harmonizar a sinalização usada em diferentes países e melhoraria o reconhecimento de tais soluções.

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