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Rota do Ferro (MG) registra circulação de 3,9 mil bicicletas em apenas um mês

Estimativa é de 47 mil ciclistas ao longo de um ano

8 de fevereiro de 2024

Divulgação Rota do Ferro

A Rota do Ferro, que liga Sabará a Santa Bárbara, em Minas Gerais, acaba de ter o fluxo de ciclistas monitorado por um contador eletrônico durante todo o mês de janeiro. A iniciativa é da Aliança Bike, com apoio da Associação Turística e Esportiva Rota do Ferro, Rede Trilhas, Sacis/Eco-Counter e do Instituto Planett. Os números são impressionantes, especialmente por se tratar de um roteiro jovem, que foi sinalizado há pouco mais de três anos.

Durante o mês de janeiro, foi registrada a passagem de 3.892 ciclistas e a estimativa é que, por ano, 47 mil pessoas pedalem pelos 80 km da rota, que está sinalizada sobre o leito da antiga Estrada de Ferro Sabará a Santa Bárbara, que foi inaugurada em 1895 para transportar mercadorias pela região de Belo Horizonte e está desativada desde 1986.

A contagem revelou que a média diária é de 122 ciclistas por dia e mostrou também que a média aos domingos é de 270 bicicletas e, aos sábados, de 237. Durante o período de aferição, houve o registro de um pico em 13 de janeiro, com 346 passagens.

“Estamos muito impressionados com o resultado. Com estes dados independentes e, principalmente, oficializados pela Aliança Bike, poderemos mostrar para os futuros apoiadores o potencial do Circuito Turístico Rota do Ferro. Além de defender a rota das ameaças das mineradoras ao redor”, diz Marcos Henrique Monteiro, da Associação Turística e Esportiva Rota do Ferro.

Desde abril de 2023, a Aliança Bike já realizou contagens no Caminho da Fé (SP), no Circuito do Vale Europeu (SC), na Floresta Nacional de Brasília (DF), no Caminho de Cora Coralina (GO) e vai passar ainda pela Volta das Transições, na região do Circuito Serras de Ibitipoca, em Minas Gerais, até voltar para o Caminho da Fé, em abril deste ano, para o segundo ano de monitoramento nos mesmos destinos.

“É muito gratificante olhar esses dados.  Os picos aos finais de semana mostram bem o potencial de uma rota de cicloturismo que além de ter sido pensada por ciclistas locais, ainda está dentro da terceira mais populosa Região Metropolitana do país. É importante que esses números possam chegar ao poder público e à iniciativa privada de forma assertiva para orientar tomadas de decisão e possibilitar fomentos e investimentos para o aprimoramento e manutenção da rota”, diz Luiz Saldanha, do Instituto Planett.

Segundo Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike, Assim que o monitoramento do último destino desta primeira série de contagens for finalizado, será publicado um relatório com todos os dados para ser apresentado a gestores em Brasília e nos Estados. “Vamos  mostrar que os impactos positivos do cicloturismo, que já são uma realidade e têm um potencial inacreditável considerando a dimensão e as características do Brasil.”

Sobre a Rota do Ferro

O acesso à Rota do Ferro é fácil e pode ser feito pedalando de Belo Horizonte, são 21 km a partir do centro da capital até o início do trajeto. São 80 km em um “plano inclinado” (a altimetria total é de 600 m), por isso é possível fazer em um dia ou programar pernoite. Sabará, ponto de partida da rota já revela uma grata surpresa, além de um charmoso centro histórico e belas igrejas, é a cidade das jabuticabas. O trajeto também passa por Caeté, onde está o Santuário de Nossa Senhora da Piedade. Pelo caminho, muita natureza, belas paisagens e marcas da antiga estrada de ferro, como pontes de ferro e túneis.

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Adriana Marmo

Sou jornalista, formada em Comunicação Social com habilitação em jornalismo na PUC de Campinas, conclusão em 1989. Há oito anos troquei o carro pela bicicleta como meio de transporte e, desde então, sou ativista da causa e me especializei em mobilidade urbana

Entre na conversa 2 Comentários

  • Rota do Ferro disse:

    Agradecemos a Aliança Bike e convidamos todos a pedalar, caminhar ou correr pelo Circuito Turístico Rota do Ferro.

  • Sirlene Teixeira leão disse:

    Infelizmente a indústria não colabora ,com o avanço das bikes queremos uma vida saudável e de qualidade ,mas os preços sobe lá em cima sem necessidade, sem contar com o crescimento de roubos das bikes e perigoso que corremos nos trilhos e matas .

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