Ciclovias e ciclofaixas avançam 4% em 1 ano e capitais brasileiras atingem 4.365 km
Monitoramento feito pela Aliança Bike aponta acréscimo, em 1 ano, de 169 km em infraestruturas exclusivas; Palmas-TO é a capital que mais cresceu entre 2022 e 2023; veja o ranking completo
Mobilidade urbana, melhora na qualidade de vida, diminuição nas taxas de poluição, economia de tempo e dinheiro. São inúmeras as vantagens que a expansão das redes cicloviárias em grandes centros urbanos pode trazer. Apesar dos incontestáveis benefícios, a ampliação da malha cicloviária cresce em ritmo muito aquém da necessidade: no último ano, a malha de ciclovias e ciclofaixas nas capitais cresceu 4%, passando de 4.196 km em 2022 para 4.365 km em 2023 – um acréscimo de 169 km no período de um ano.
O monitoramento foi feito pela Aliança Bike (Associação Brasileiras do Setor de Bicicletas), que ouviu todas as prefeituras das capitais brasileiras por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). O período considerado pelo levantamento foi de junho de 2022 a junho de 2023.
Na média, cada uma das capitais brasileiras possui 161,7 km de ciclovias e ciclofaixas em 2023.
É importante ressaltar que os dados contemplam apenas as estruturas segregadas e exclusivas para a circulação de bicicletas. Por esta razão, ciclorrotas e outras estruturas compartilhadas com veículos motorizados não fazem parte dos 4.365 km totais considerados – apenas as ciclovias e as ciclofaixas estão incluídas no monitoramento.
“A construção de mais ciclovias e ciclofaixas é um ponto fundamental no incentivo à mobilidade e mostra o interesse dos municípios em trazer soluções para os deslocamentos urbanos. Oferecer segurança e local apropriado ao uso da bicicleta pode trazer mudanças positivas gigantescas no dia a dia das pessoas e das cidades, contribuindo em vários aspectos. Que esse viés de alta se mantenha e que avance em todas os municípios brasileiros”, comenta André Ribeiro, vice-presidente da Aliança Bike.
Todas as prefeituras das 26 capitais estaduais, além do Distrito Federal, foram ouvidas na pesquisa. Dentre as cidades que mais cresceram em quilômetros implantados, a que mais evoluiu em números percentuais foi Palmas-TO, com 39,8% de acréscimo. Em seguida estão Maceió-AL (aumento de 27%) e Brasília-DF com aumento de 20,8% – confira mais na lista logo abaixo.
Utilizando a comparação entre o volume de ciclovias e ciclofaixas e a população residente, o principal destaque é Florianópolis-SC, com 22,96 km a cada 100 mil habitantes. Na sequência, aparecem Brasília-DF, com 21,79 km a cada 100 mil habitantes, e Palmas-TO, com 20,48 km a cada 100 mil habitantes – veja mais na lista abaixo.
Neste comparativo com o número da população, São Paulo-SP aparece na 19ª posição – mesmo tendo a maior malha cicloviária segregada, com 689,1 km.
2023 é o segundo ano consecutivo em que a Aliança Bike realiza o levantamento das ciclovias e ciclofaixas das capitais brasileiras. O objetivo é construir uma série histórica, que funcione como uma base de dados para o acompanhamento da evolução da infraestrutura cicloviária brasileira. O monitoramento não analisa a qualidade das infraestruturas e não pode ser considerado sinônimo de toda a malha cicloviária do país, pois foram consideradas apenas as capitais
Capitais com a maior rede de ciclovias e ciclofaixas em 2023:
- São Paulo-SP: 689,1 km
- Brasília-DF: 636,89 km
- Rio de Janeiro-RJ: 487 km
- Fortaleza-CE: 419,2 km
- Salvador-BA: 306,64 km
- Curitiba-PR: 245,7 km
- Recife-PE: 174,3 km
- Florianópolis-SC: 131,86 km
- Belém-PA: 116,5 km
- Belo Horizonte-MG: 105,78 km
Maiores crescimentos (%) em ciclovias e ciclofaixas implantadas – de 2022 a 2023:
- Palmas-TO: 39,8%
- Maceió-AL: 27%
- Brasília-DF: 20%
- Teresina-PI: 12,8%
- João Pessoa-PB: 12,27%
- São Luís-MA: 11,11%
- Campo Grande-MS: 9,57%
- Florianópolis-SC: 8,47%
- Rio de Janeiro-RJ: 8,22%
- Boa Vista-RR: 7,85%
Maiores malhas cicloviárias em relação à população residente:
- Florianópolis-SC: 22,96 km/100 mil habitantes
- Brasília-DF: 21,79 km/100 mil habitantes
- Palmas-TO: 20,48 km/100 mil habitantes
- Rio Branco-AC: 20,44 km/100 mil habitantes
- Vitória-ES: 19,49 km/100 mil habitantes
O que são ciclovias e ciclofaixas
Embora sejam estruturas segregadas dos veículos automotores, ciclovias e ciclofaixas possuem diferenças entre si. De acordo com o Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro – e ratificado no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, Volume VIII, Sinalização Cicloviária – ciclovia é uma “pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum”; e ciclofaixa é uma “parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica”.
Portanto, ciclovias podem usar grades, blocos de concretos, canteiros ou mesmo altura diferente da via de rodagem dos demais veículos para garantir uma segregação física.
Já as ciclofaixas funcionam na mesma pista de rolamento dos veículos automotores, mas com faixas pintadas exclusivas para ela. Podem contar com sinalização viária como tachões, balizadores e placas para delimitar o espaço específico para o tráfego de ciclistas.
Sobre a Aliança Bike – Associação Brasileira do Setor de Bicicletas
Criada em 2003 e formalizada em 2009, a Aliança Bike tem em seu escopo de atuação a defesa do setor e da economia da bicicleta no país, sempre visando o interesse coletivo. A entidade é formada por mais de mais de 170 empresas e organizações associadas, abrangendo fabricantes, montadores, importadores, varejistas e lojistas, espalhados por mais de 20 estados.
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Atualmente, com tantos veículos, em circulação, eles tornaram uma ameaça para os ciclistas. No futuro, com o aumento de Edifícios, eles tenderão andar à apenas 05 Km/h. E, deveria existir, uma pista só para as bikes. E, talvez, até sinaleiros para cruzamentos, em X e em T.
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