Skip to main content

Aliança promove uma manhã de debates sobre o futuro do mercado

3 de outubro de 2019

Foi uma manhã bastante produtiva e repleta de ótimas discussões a do último sábado, 21 de setembro, durante o Fórum O Futuro do Mercado de Bicicletas que a Aliança Bike organizou junto com a Embaixada da Dinamarca no Brasil e que contou com o apoio da Ciclocidade e MateBike. Foram três mesas de debates precedidas pela apresentação dos resultados da Pesquisa Anual de Comércio Varejista de Bicicletas (2019). Em breve a apresentação e os dados desse estudo estarão disponíveis aqui no site da Aliança.

Tina Gottlieb, cônsul da Dinamarca no Brasil, abriu o evento. Em suas boas vindas ressaltou o desejo de mais infraestrutura cicloviária e condições de segurança adequada para que mais bicicletas possam circular pelas ruas do país.

A primeira mesa, mediada pelo Professor Victor Andrade, diretor do LabMob da Universidade Federal do Rio de Janeiro, reuniu Giancarlo Clini (Aliança Bike), Cyro Gazola (Abraciclo), Osmar Silva (Cyclomagazine), Renata Falzoni (Bike é Legal) e Tomás Martins (TemBici) para discutir Visões do mercado de bicicletas no Brasil. Olhares diferentes para o mesmo tema, mas com um ponto em comum: a necessidade premente de se construir mais infraestrutura para a segurança dos ciclistas e também para estimular mais pessoas a adotarem a bicicleta como meio de transporte. “Precisamos transpor as barreiras culturais para ampliar o mercado e também de infraestrutura. Nosso segmento só vai crescer no Brasil com a expansão da malha cicloviária”, disse Giancarlo.

Este ponto, aliás, virou compromisso de união de forças entre os presentes para pressionar a adoção de políticas públicas em todo o país. União de forças também foi um assunto. Cyro Gazola ressaltou que, após seis anos, Aliança e Abraciclo estão deixando a falta de diálogo de lado e pensando em formas de se trabalhar juntos, focados no ciclista e no desenvolvimento de forma estruturada e sustentável da indústria de bicicletas no Brasil.

Cyro falou também da reforma tributária. “Ela é inevitável, mas meu ponto é apenas um alerta: o de evitar medidas radicais, o de se buscar um equilíbrio que permita a manutenção do investimento da indústria nacional e a participação cada vez mais das indústrias globais.”

Renata Falzoni lembrou da necessidade de a indústria voltar a investir em seus modelos populares – e de sucesso – e também apontou que os espaços públicos devem ser redesenhados e lançou a ideia de redes conectadas sem motor, livres para as bicicletas. Osmar Silva aposta na bicicleta dentro das escolas para uma real mudança de costume e Tomás Martins também vê na infraestrutura a chave para o desenvolvimento da bicicleta.

Oportunidades para o setor de bicicletas

O Varejo foi o principal foco da segunda mesa que reuniu Luis Fernando Lucas,​ fundador da rede de lojas SPORTIX,​ Luiz Chandrer,​ consultor do SEBRAE-SP,​ e Peter Kronstrøm​, diretor para América Latina do Copenhagen Institute for Future Studies. Luís Fernando contou a experiência do seu negócio,​ que hoje conta com nove lojas em todo o Brasil e mais três a serem inauguradas ainda este ano. Para ele​, o grande entrave de toda a cadeia e que acaba resvalando no comércio​, que é o ponto final​, são as altas taxas tributárias que incidem sobre a bicicleta e seus componentes​. Chandrer, do SEBRAE, fez uma ótima apresentação sobre e-commerce e a responsabilidade de se construir agora o futuro do próprio negócio​. Peter encerrou falando de um futuro que está começando agora, tocou em pontos como a relação das pessoas com os celulares e os carros autônomos.

Bicicletas Elétricas

Ela teve uma mesa só para ela – Bicicletas elétricas: desafios e casos de sucesso, mas esteve presente em todas as outras discussões como a tendência mais forte de mercado e de comportamento. Daniel Guth, coordenador de projetos da Aliança Bike, apresentou o estudo “Bicicletas elétricas: como sair do desincentivo para a popularização do uso?” e em seguida foram três casos de sucesso envolvendo as elétricas.

Gabriel Arcon​, fundador da E-moving contou a sua experiência na empresa que aluga bicicletas elétricas e como esta modalidade está realmente fazendo com que motoristas troquem os carros pelas e-bikes em seus trajetos diários.

O Capitão Adriano Marcos Rodelo​ deu um relato surpreedente sobre o uso recente das bicicletas elétricas nas rondas feitas pelo Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar no centro da cidade e na região da avenida Paulista. Segundo ele, as elétricas têm dado agilidade e rapidez na solução de roubos e furtos nessas regiões, além de estimular a prática de exercícios físicos na corporação.

Victor Hugo, fundador da Vela Bikes, encerrou o evento contando os desafios e sucessos da criação de uma empresa nacional para a fabricação e comercialização de bicicletas elétricas.

COMPARTILHE:

Receba nossas novidades por e-mail

Aliança Bike

Criada em 2003 e formalizada em 2009, a Aliança Bike tem como missão principal fortalecer a economia da bicicleta, além de trabalhar para que mais pessoas pedalem no Brasil. A entidade atua em diversas frentes de trabalho para atingir os objetivos. Conta com mais de 180 associados entre fabricantes, montadores, importadores, distribuidores e lojistas.

Envie sua mensagem