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9 rotas de cicloturismo incríveis para conhecer o Rio Grande do Sul pedalando

Belas paisagens, história, religiosidade, gastronomia, arquitetura; no extremo sul do país, há percursos para todos os gostos e níveis

16 de fevereiro de 2024

Circuito Cascatas e Montanhas / Foto: Maria Leci Ramos dos Reis

Pedalar pelo Rio Grande do Sul é mergulhar no universo das colônias dos imigrantes, belas paisagens de natureza – incluindo uma das rotas mais selvagens do país -, e peregrinações de fé. Além disso, cicloturistas também poderão vivenciar uma deliciosa experiência gastronômica com as comidas típicas saborosas e as bebidas produzidas na região. Há, inclusive, um roteiro dedicado aos espumantes. Quem resiste?

Selecionamos aqui nove roteiros naquele Estado. Para fazer a lista, levamos em conta as rotas já implementadas, com sinalização instalada, mapas disponíveis, estrutura de hospedagem e alimentação. Se esquecemos algum destino, por favor, comente aqui.

1 – Circuito Cascatas e Montanhas

Circuito Cascatas e Montanhas / Foto: Adriane Minetto Trindade

Ao longo dos seus 123 km, cicloturistas vivenciam experiências de contato com a natureza e com ambiente predominantemente colonial. Diversas cachoeiras, como a  Cascata do Chuvisqueiro e o Parque das Oito Cachoeiras, prometem encher os olhos do visitante ao longo do caminho, assim como cultura, histórica e gastronomia típica. Dividido em quatro estapas, o circuito passa pelos municípios de Rolante, Riozinho e São Francisco de Paula e pode ser percorrido de dois a cinco dias, de acordo com o tempo e preparo de cada ciclista. 

Partida/Chegada: Rolante (RS)

Percurso total: 123 km

Altimetria acumulada: 3.100 metros

Entidade gestora: Associação dos Amigos do Circuito Cascatas e Montanhas – AMICAM

Site: http://cascatasemontanhas.com.br/

Instagram: @cascatasemontanhas

2 – Caminhos de Caravaggio

Caminhos de Caravaggio / Foto: Pedalar Viajar

Conectando cinco cidades da Serra Gaúcha, uma região famosa pelos atrativos turísticos, o caminho é uma rota de peregrinação religiosa que interliga os Santuários de Nossa Senhora de Caravaggio de Canela ao de Farroupilha. O percurso, que pode ser percorrido a pé ou de bicicleta, é dividido em dez trechos e passa pelos municípios de Canela, Gramado, Caxias do Sul, Nova Petrópolis e Farroupilha. O trajeto está sinalizado com setas azuis para o sentido Canela-Farroupilha e com setas amarelas para Farroupilha-Canela. Além da motivação religiosa e das belas paisagens, o trajeto permite conhecer comunidades ao longo do trajeto que estão fora do circuito turístico tradicional.

Partida/Chegada:  Canela/Farroupilha

Percurso total: 200 km

Altimetria acumulada: 4.979 m

Entidade gestora: Consórcio Caminhos de Caravaggio

Site: https://caravaggio.org.br/caminhos-de-caravaggio

Instagram: @caminhosdecaravaggio.oficial

3 – Trilha dos Santos Mártires das Missões

Trilha dos Santos Mártires das Missões / Foto: Cátia Martins

O percurso inicia às margens do Rio Uruguai, na fronteira com a Argentina, e é feito basicamente por estradas rurais e contempla lugares históricos por onde passaram missionários jesuítas no século 17, além de conectar pequenas cidades, sítios arqueológicos e comunidades de imigrantes. Atualmente, são seis municípios que compõem a rota, que se inicia no município de São Nicolau e passa por Caibaté, Pirapó, Rolador, Roque Gonzales e São Pedro do Butiá. São 180 km entre campos e colinas, incluindo uma divertida travessia de balsa pelo rio Ijuí. 

Partida/Chegada: Passo do Padre (São Nicolau)/ Santuário do Caaró (Caibaté/RS)

Percurso total: 200 km

Altimetria acumulada: 2.600 m

Entidade gestora: Associação dos Amigos da Trilha dos Santos Mártires das Missões (AATRISAMM) 

Instagram: @trilhadossantosmartires

4 – Circuito Raízes Coloniais

Circuito Raízes Coloniais / Foto: Divulgação

Circuito para ter contato com o que há de melhor na riqueza cultural do Vale do Rio Pardo, o trajeto percorre municípios que compartilham de diversas tradições enraizadas pelas mais variadas culturas que se instalaram na região. Por estradas rurais, cicloturistas passam por nove municípios – Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Vale do Sol, Herveiras, Sinimbu, Venâncio Aires, Passo do Sobrado, Vale Verde e Rio Pardo – e poderão ter contato com agricultores familiares. A sugestão é que o circuito seja percorrido em cinco dias com opção de pernoite nos empreendimentos indicados no trajeto. 

Partida/Chegada: Santa Cruz do Sul 

Percurso total: 297  Km 

Altimetria acumulada:  5.639m 

Entidade gestora: Santa Cruz Bikers Club (Santa Ciclismo)

Site: https://www.circuitoraizescoloniais.com/

Instagram: @circuitoraizescoloniais

5 – Trilha Cassino Barra do Chuí

Trilha Cassino Barra do Chuí / Foto: Histórias da Bicicleta

É uma das rotas mais selvagens do país. E também das mais belas com uma rica fauna e flora, além dos faróis, conchas e vestígios de naufrágio pelo caminho.  São 223 km no extremo sul do país em um trajeto que se estende dos molhes da Barra do Rio Grande, na cidade do Rio Grande, aos molhes da Barra do Chuí, na cidade de Santa Vitória do Palmar, fronteira entre Brasil e Uruguai. Por ser um ambiente com pouca interferência humana, não há hotéis, pousadas, lojas, sinal de telefone. É uma viagem que pede um bom planejamento, incluindo estudar a direção do vento para definir em qual sentido percorrê-la.  O bom é que não tem subida!

Partida/Chegada: Rio Grande/Santa Vitória do Palmar

Percurso total: 223 km

Altimetria acumulada: zero (trajeto no nível do mar)

Entidades gestoras: ONG – Instituto Litoral Sul e Universidade Federal do Rio 

Instagram: @trilhacassinobarradochui

6 – Circuito de Cicloturismo da Rota Romântica

Circuito de Cicloturismo da Rota Romântica / Foto: Divulgação

São 355 quilômetros, divididos em 15 trechos, repletos de cenários em meio à natureza. A maior parte do trajeto é feita em estradas vicinais e cicloturistas podem contemplar belezas naturais como riachos, mirantes e áreas rurais, além de construções no estilo enxaimel como igrejas e casas históricas.

Os trajetos, porém, podem ser realizados de forma independente em qualquer tempo e distância. Para a realização do circuito completo aconselha-se o período de 7 a 9 dias.

Partida/Chegada: Nova Petrópolis

Percurso total: 355 Km

Altimetria acumulada: 8.706 m

Entidade gestora: Associação Rota Romântica

Site: https://www.circuitocicloturismo.rotaromantica.com.br/

Instagram: @rotaromantica

7 – Circuito Cicloturístico Coração do Rio Grande

Circuito Cicloturístico Coração do Rio Grande / Foto: divulgação

O Circuito Cicloturístico Coração do Rio Grande está inserido na região conhecida como o Berço da Quarta Colônia de Imigração Italiana, por ter recebido a primeira leva de imigrantes. Com três sugestões de rotas, é possível realizar em dois, três ou quatro dias. A rota passa pelos municípios de Santa Maria, Silveira Martins, São João do Polêsine, Restinga Seca, Faxinal do Soturno, Nova Palma, Júlio de Castilhos, Ivorá e Itaara. Além das belas paisagens, a boa culinária local é um dos destaques deste circuito.

Partida/Chegada: Santa Maria

Percurso total: 200 km

Altimetria acumulada: 3.784 m

Entidade gestora: Associação Santa Maria Ciclismo

Site: https://www.circuitocoracaodoriogrande.com.br/

Instagram: @circuitocoracaodoriogrande

8 – Rota dos Dinossauros

Rota dos Dinossauros

É mais ou menos como pedalar em uma espécie de Jurassic Park, pois ao longo do caminho ciclistas irão encontrar várias réplicas de dinossauros. É que nessa região, entre as cidades de  Candelária, Cerro Branco, Agudo, São João do Polêsine, Dona Francisca, Ibarama e Vila União, tem uma tradição de fósseis encontrados. Mas há também belos cenários de natureza e a tradicional gastronomia do Rio Grande do Sul. O trajeto tem 327 km e a sugestão é que a rota seja percorrida em sete dias.

Partida/Chegada: Candelária

Percurso total: 327 km

Altimetria acumulada: 5.974 m

Entidade gestora: Grupo Rota dos Dinossauros

Site: https://www.rotadosdinossauros.com.br/

Instagram: @rotadosdinossauros

9 – Rota Cicloturismo Vale do Espumante

Rota Cicloturismo Vale do Espumante

Que tal pedalar entre vinhedos, matas nativas, arquitetura típica da imigração italiana e pequenos povoados, com características muito peculiares? E ainda degustar ótimos espumantes e comidas típicas.  Esta é a proposta da Rota de Cicloturismo Vale do Espumante, com saída e chegada na cidade de Garibaldi. A rota é composta de três circuitos, com diferentes níveis de intensidade de esforço e para todos os públicos. A sinalização compreende todos os trajetos.

Partida/Chegada: Garibaldi

Percurso total: 56 km

Altimetria acumulada: 1.277 m

Entidade gestora: Prefeitura Municipal de Garibaldi

Site: http://turismo.garibaldi.rs.gov.br/rotas-atrativos/cicloturismo-vale-do-espumante

Instagram: @turismogaribaldi

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Adriana Marmo

Sou jornalista, formada em Comunicação Social com habilitação em jornalismo na PUC de Campinas, conclusão em 1989. Há oito anos troquei o carro pela bicicleta como meio de transporte e, desde então, sou ativista da causa e me especializei em mobilidade urbana

Entre na conversa Um comentário

  • Janice Baumgarten disse:

    Excelente, adorei a matéria e as dicas!!! Só fazer um comentário sobre São Francisco de Paula, que o clima é muito instável, e tem muita chuva. É necessário escolher um período de boa previsão do tempo. Costuma ter cerração(neblina) baixa por longas horas do dia e noite. O fator “tempo” é muito importante para decidir fazer a Rota 1.

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