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Bikes elétricas da brasileira Vela Bikes invadem mercado norte-americano

Parceria da Vela com a Cardinal Cycling Group aposta na produção de bicicletas em fábrica de Detroit

Num mercado em plena expansão mundial, tem bicicleta elétrica brasileira conquistando os Estados Unidos. Fundada há 10 anos, a Vela Brasil – empresa associada à Aliança Bike – fechou há cerca de um mês uma parceria com a Cardinal Cycling Group (CCG), dona da Detroit Bikes, a maior fabricante estadunidense de bicicletas. Essa negociação vem desde 2019, e com o acordo seus produtos serão fabricados na cidade de Detroit, no estado do Michigan, com distribuição exclusiva para o público americano.

“O contrato que assinamos com a Cardinal representa um grande passo para que a produção nacional aconteça não somente aqui no Brasil, mas também nos Estados Unidos. Ter a produção dentro de casa traz inúmeros benefícios para a saúde da operação, com maior independência em relação aos fornecedores externos, maior controle sobre a qualidade e desenvolvimento da indústria local”, conta Victor Cruz, diretor geral da Vela no Brasil e diretor de produtos na operação dos Estados Unidos.

Segundo Victor Cruz, também um dos fundadores da Vela no Brasil, a aposta da marca é na identidade do produto, que reflete de forma positiva na experiência dos clientes. As bikes elétricas que chegaram à segunda geração em plena pandemia com o lançamento da Vela 2, por exemplo, contam com um aplicativo que permite ao dono monitorar seu veículo, entre outros acessórios,

“Sabemos que são poucos os projetos que conquistam o nível de verticalização que a Vela alcançou, desde o desenvolvimento próprio de componentes chave como parte eletrônica, bateria, quadro, aplicativo, até a comunicação com o cliente final para a recuperação de baterias quando a sua vida útil chega ao fim. Essa caraterística de oferecer as soluções do nosso jeito reforça a nossa identidade”, considera Victor.

A parceria com a CCG também favorece com o movimento de renascimento de Detroit como parque industrial, que teve seu auge com a indústria automobilística entre os anos 1950 e 1970, e decretou falência em 2013, mas vem se reerguendo graças a outros setores como o da bicicleta. Além disso, Victor acredita que as políticas do mercado americano serão de grande valia para as bicicletas elétricas.

“Inicialmente a produção das bikes em Detroit deve resultar num custo 50% maior se comparado aos custos de se produzir na Ásia, mas estamos apostando no ganho de eficiência e otimização para médio e longo prazo. Também sabemos que a União Européia, precursora do movimento das elétricas, possui uma forte política protecionista e estímulos para a indústria local. É questão de tempo para que essa política seja adotada também pelos Estados Unidos”, afirma.

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Paulo Cabral

Paulo Cabral é jornalista formado pela Universidade de Brasília com anos de experiência em rádio, TV e revistas. Ciclista de passeio, acredita na bicicleta como forma de ocupação sustentável e democrática das cidades.

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