Giro d’Italia homenageia Papa Francisco

Uma das principais grandes voltas do ciclismo mundial, o Giro d’Italia começa no próximo dia 9 de maio. E pelo terceiro ano consecutivo, a prova vai disputar sua 21ª e última etapa em Roma. Desta vez, entretanto, o evento ganha um aspecto especial com a homenagens ao Papa Francisco, morto no dia 21 de abril.

Papa Francisco e o campeão do Giro 2021, o colombiano Egan Bernal

“Roma oferecerá mais uma vez uma final espetacular para o Giro d’Itália, cruzando marcos icônicos mundialmente conhecidos. A largada na Cidade do Vaticano, fortemente desejada pelo Papa Francisco durante o Ano Jubilar, acrescenta um valor emocional especial a esta etapa, unindo esporte e espiritualidade. Será um dia memorável, em homenagem a Roma e à mensagem de esperança compartilhada pelo Papa Francisco”, diz Mauro Vegni, diretor da prova.

O pelotão vai passar pelo Vaticano durante circuito final montado para percorrer trechos da cidade histórica como o Coliseu (Circus Maximus) e os Fóruns Imperiais.

Foram apenas duas ocasiões, contudo, em que o Giro cruzou as fronteiras da pequena Cidade-Estado de 724 habitantes. Ambas com a etapa inicial da grande volta. A primeira em 1974 e a última, com um Prólogo (contrarrelógio inicial) em 2000.

O tcheco Jan Hruska venceu o Prólogo do Giro, disputado no Vaticano em 2000.

PERCURSO ANUNCIADO

O trajeto já fazia parte dos planos por conta de outro importante rito católico: o Jubileu 2025; O ‘Ano Santo’ espera a visita de cerca 35 milhões de fiéis entre 26 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2026.

A escolha de Roma como “Grande Arrivo” pela sétima vez (terceira consecutiva), no entanto, faz parte de um esforço da RCS Sport, organizadora do Giro, em criar um ambiente similar ao do encerramento do Tour de France, em Paris.

“Roma é uma cidade que sempre oferece emoções únicas, e é maravilhoso que o Giro d’Itália termine aqui mais uma vez. Nos últimos anos, sobretudo, vimos uma presença incrível de espectadores e, para mim, lamento nunca ter tido a oportunidade de correr nestas ruas. Este ano, a passagem pela Cidade do Vaticano também será uma experiência especial para os ciclistas”, afirma Vicenzo Nibali, grande ídolo italiano, bicampeão da prova. (2013 e 2016)

Roma já recebeu o Giro em 50 ocasiões, mas apenas 7 como final da grande volta (RCS/Divulgação)

A estimativa é que o evento italiano movimente entre 100 e 200 milhões de euros na economia local, incluindo vários eventos paralelos. Um passeio ciclístico gratuito reuniu 4.000 ciclistas no ano passado. E a Giroland, a Arena de chegada prova, conta com diversas atrações, como a caravana da prova e uma feirinha com artigos oficiais e de parceiros do evento.

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