Novas regras da UCI podem acabar com a magia da caramanhola | Bicicleta News
O ciclista Michael Schär, do time AG2R Citroën, foi expulso do Tour de Flanders. O motivo foi uma garrafinha mal arremessada. Os fiscais de prova consideraram que o atleta violou as novas regras da UCI sobre o descarte de lixo fora das zonas obrigatórias.
Michael Schär wordt uit de koers gehaald: “Wegens het weggooien van een drinkbus in open natuur” pic.twitter.com/9jaZgXED6o
— Sporza 🚴 (@sporza_koers) April 4, 2021
As imagens são bem claras, Schär arremessou uma caramanhola vazia para espectadores da prova na beira da estrada. Tudo dentro da tradição de transformar o que seria lixo para o atleta em luxo e relíquia para o público.
Em seu instagram, Schär lembrou de duas caramanholas de plástico marcantes em sua vida. A primeira o atleta, ainda menino, pegou durante a passagem do Tour de France de 1997. A garrafa era o lembrete do sonho infantil que virou realidade, ser um atleta profissional. A segunda caramanhola Michael, já adulto, jogou para uma menina durante uma prova. E novamente o objeto ganhou valor de relíquia preciosa.
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Para atletas e para muitos do público as novas regras contém uma distorção a ser corrigida. Caramanhola de plástico só é lixo se ninguém do público conseguir pegar em segurança. Na maioria dos casos é um objeto precioso.
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Leia mais sobre a polêmica das caramanholas.
Atualização: A polêmica saiu no New York Times e ganhou o apelido de “Bottlegate“, corruptela com o escandalo midiático que culminou com o pedido de impeachment do presidente Richard Nixon.
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