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A Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas) divulgou seu novo Boletim Técnico  Mercado de Bicicletas Elétricas, trazendo números sobre o mercado de importação e produção das ‘e-bikes’ no país durante o ano de 2024. A pesquisa exclusiva aponta a chegada de 212 mil novas unidades de elétricas e de autopropelidos. Veículos importados e produzidos pela indústria nacional. Destaque para o avanço do segmento de E-MTB, que representam a maior fatia do faturamento e, neste relatório, superaram em quantidade as bicicletas urbanas de pedal assistido.

Números do mercado brasileiro:

  • Entre os modelos de bicicletas elétricas, as E-MTB já representavam maioria do faturamento (por conta do tíquete médio maior). Agora, elas tomaram também o protagonismo na produção sobre as dedicadas à mobilidade urbana (50% contra 48%).
  • As bicicletas elétricas (pedal assistido) representam ¼ do mercado (53.591 unidades em 2024). Os autopropelidos (com acelerador) representam ¾ do mercado (160 mil unidades em 2024).
  • O mercado de bicicletas elétricas (pedal assistido) cresceu 7,2% em 2024 comparado ao ano anterior.
  • Entre 2016 e 2024, as bikes elétricas em circulação saltaram de 7.600 para 284 mil.
  • A expectativa do setor é que nesse ano de 2025 o crescimento de bicicletas elétricas seja entre 42% e 55%.
  • O mercado de bikes elétricas (excluindo autopropelidos) está estimado em R$ 511 milhões por ano.

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O crescimento do mercado cresceu em volume 7,2% no último ano. São 53.591 novas e-bikes (veículos sem acelerador). Apesar de ser menos do que a expectativa dos associados da Aliança Bike no ano passado, isso não tira a confiança do segmento para um aumento mais robusto em 2025. Na estimativa mais positiva, o número de bicicletas elétricas pode superar a marca das 80 mil unidades importadas ou produzidas ao final deste ano.

“As bicicletas elétricas estão cada vez mais no centro das discussões da mobilidade nacional. Por isso, é uma grande satisfação trazer esses dados de qualidade, que sustentam o debate e ajudam a entender esse mercado”, diz Luiz Saldanha, diretor-executivo da Aliança Bike.

FROTA SUPERA 300 MIL UNIDADES

Assim como no ano passado, a metodologia aplicada na pesquisa permite também estimar o tamanho dos outros veículos elétricos (autopropelidos) que também ganharam espaço com mais de 160 mil novas unidades entrando nas cidades brasileiras. Isso ainda reflete os efeitos da Resolução Contran nº 996/2023, que ajustou os critérios de circulação em vias públicas e determinou novos parâmetros para bicicletas elétricas e autopropelidos, como scooters pequenas, patinetes e bicicletas elétricas com acelerador. 

“O mercado de veículos leves, levíssimos, tem muito potencial ainda para crescer. Seja pelo uso urbano, os autopropelidos estão com grande projeção, mas também pelo uso esportivo, onde as e-MTB estão assumindo um protagonismo e preenchendo um espaço importante no faturamento do setor”, diz Felipe Caprioli (Alvoteq), coordenador do GT de Bicicletas Elétricas da Aliança Bike. 

Com um histórico de dados deste mercado desde 2016, a Aliança Bike estima que o Brasil tenha hoje uma frota superior a 300 mil bicicletas elétricas em circulação.

E-MTB GANHA MAIS DESTAQUE

O mercado de bicicletas elétricas tem um faturamento estimado de R$ 511 milhões de reais ao ano. Pela primeira vez, em unidades, a maior parte (50%) são modelos voltados ao E-MTB, em um empate técnico com as urbanas (48%). Os outros tipos, como as de ciclismo de estrada ou cargueiras, continuam com um percentual pequeno, de apenas 2% desse bolo. 

Maior em quantidade, as mountain bikes estão ainda mais dominantes no quesito faturamento, onde seu tíquete médio 3 vezes superior, faz com que elas representem mais de 70% do valor envolvido neste mercado. O efeito colateral desse avanço é todo um reforço no suporte das lojas para atender a manutenção e o reparo deste tipo de veículo. 

“As elétricas esportivas exigem um outro perfil de cuidado com quadros, rodas, suspensões, pneus. Isso para dar conta de suportar a exigência destas bicicletas nas trilhas. Aqui na loja foi necessário amadurecer toda nossa estrutura de manutenção e mecânica para atender os clientes de e-bikes. Não apenas pela especificidade, mas também pelo aumento da procura”, explica Davi Bartzen, da Fat Bike Floripa, presente no Seminário de Lançamento do Boletim, que reforça: “o mercado de autopropelido é maior e tende a aumentar mais, o que exige ainda mais versatilidade da nossa equipe”. 

EDUCAÇÃO E NOVOS LIMITES

O Seminário Online promovido pela Aliança Bike trouxe a preocupação do Setor com a orientação e educação do consumidor aos bons cuidados que uma elétrica exige, assim como a convivência entre os modais pelas ciclovias e ruas da cidade. “Existe um universo muito grande de baterias, cada uma com suas peculiaridades, mas sempre vai haver a necessidade de ter os cuidados mínimos para que elas se mantenham seguras. Há um grande esforço em melhorá-las. Porém, tem uma parcela de responsabilidade que é do usuário”, diz Ricardo Frazzato, da iPedal. Ele faz parte do grupo de trabalho da Aliança Bike e ajudou na Cartilha de Bicicletas Elétricas que será lançada nas próximas semanas. 

Para Marcio Canzian, da Eletricz, os autopropelidos são uma realidade e preenchem uma lacuna ágil e dinâmica na micromobilidade. Entretanto, ele não acredita que restringir os autopropelidos nas ciclovias será suficiente. “A facilidade para circular em ruas, principalmente, nas faixas mais lentas, é algo essencial para absorver esser público que não para de crescer”.

Leia também:

“As baterias são seguras. E delicadas”

Resolução Contran nº 996/2023

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