20 de novembro de 2024
Mercado brasileiro de bicicletas elétricas 2023/2024
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Representando 25% do mercado, o volume de bicicletas com pedal assistido cresceu 12% em 2023 e ultrapassando 50 mil unidades/ano, todavia um ritmo um pouco mais lento do que se previa. Entretanto, a estimativa segue otimista para que elas desembarquem em maior quantidade neste ano. Com base em uma pesquisa com seus associados, a Aliança Bike calcula que este nicho possa aumentar até 21%, o que significaria alcançar algo em torno de 60 mil novas bicicletas elétricas neste ano de 2024.
Até 1000W e 32 km/h (era até 20 km/h)
Qual o tamanho do mercado de bikes elétricas no Brasil? Essa é a pergunta que a Aliança Bike (Associação Brasileiras do Setor de Bicicletas) responde com a divulgação de novos números sobre o mercado de importação e produção das ‘e-bikes’ no país. A pesquisa exclusiva aponta a chegada de 200 mil novas unidades de elétricas e de autopropelidos no último ano. Veículos importados e produzidos pela indústria nacional.
Números do mercado brasileiro:
- As bicicletas elétricas (pedal assistido) representam ¼ do mercado (50.004 unidades em 2023) e os autopropelidos (com acelerador) representam ¾ do mercado (150 mil unidades em 2023).
- O mercado de bicicletas elétricas (pedal assistido) cresceu 12% em 2023 comparado ao ano anterior
- Entre 2016 e 2023, as bikes com pedal assistido em circulação saltaram de 7.600 para 230 mil
- A expectativa do setor é que nesse ano de 2024 o crescimento de bicicletas elétricas seja entre 13% e 21%.
- Entre as bicicletas elétricas, os modelos para mobilidade urbana são maioria (54%), mas as E-MTB já representam 44% do mercado e têm tíquete médio 3x maior
- O mercado de bikes elétricas (excluindo autopropelidos) está estimado em R$ 506 milhões por ano
Em 2023, para cada nova bicicleta elétrica (50 mil), o mercado nacional contabilizou outros três exemplares de autopropelidos (150 mil). O relatório nota os efeitos da Resolução Contran nº 996/2023, que ajustou os critérios de circulação em vias públicas e determinou novos parâmetros para caracterização de ciclomotores, bicicletas elétricas e equipamentos de mobilidade individual autopropelidos, como scooters pequenas, patinetes e bicicletas elétricas com acelerador.
Publicado em junho, um dos efeitos observados da nova legislação foi o crescimento na importação – tanto de bicicletas elétricas quanto de autopropelidos – cuja média mensal saltou de 4.537 unidades/mês entre janeiro e maio, para 16.766 unidades/mês no segundo semestre de 2023.
Representando 25% do mercado, o volume de bicicletas com pedal assistido cresceu 12% em 2023 e ultrapassando 50 mil unidades/ano, todavia um ritmo um pouco mais lento do que se previa. Entretanto, a estimativa segue otimista para que elas desembarquem em maior quantidade neste ano. Com base em uma pesquisa com seus associados, a Aliança Bike calcula que este nicho possa aumentar até 21%, o que significaria alcançar algo em torno de 60 mil novas bicicletas elétricas neste ano de 2024.
A Aliança Bike monitora os dados do mercado desde 2016, quando o número de bicicletas elétricas produzidas ou importadas girava em torno de 7.600 unidades/ano. A Associação nota o aumento anual do mercado e estima que o Brasil tenha hoje uma frota de 230 mil bicicletas elétricas em circulação. Seguindo essa projeção, o país deve alcançar 300 mil e-bikes (pedal assistido) em circulação até o início de 2025.
E-MTB COM MAIOR VALOR
O mercado de bicicletas elétricas, excluindo autopropelidos, movimenta, segundo o estudo, cerca de R$ 506 milhões ao ano. Em unidades, a maior parte (54%) são modelos voltados à mobilidade urbana. Seguindo de perto estão as E-MTB, com 44%. Outros tipos de elétricas, como as de ciclismo de estrada ou cargueiras, ocupam menos de 2% desse bolo.
Quando a análise leva em conta o valor do produto, a maior fatia está concentrada nas E-MTB. Estas bicicletas chegam com um tíquete médio muito superior, de R$ 15.618 em média, quase o triplo de uma bicicleta urbana assistida (tíquete médio de R$ 5.871) e movimentam dois terços do montante financeiro deste mercado.
“As Mountain Bikes Elétricas exigem um desenvolvimento maior e são muito mais exigidas, como, por exemplo, nos saltos. Inevitavelmente, esse esmero chega no preço final do produto”, afirma Jonatas Gallego, líder de mercado da Specialized no Brasil. Ele explica, entretanto, que as elétricas representam o cenário mais promissor para a Specialized. “É o presente. A importância das MTB Elétricas hoje já equivale ao espaço dos modelos tradicionais. É a aposta chave para o nosso desenvolvimento”.
Para Rodrigo Coelho, Presidente do Conselho Deliberativo da Aliança Bike, “ainda vivemos um momento desafiador entre oferta e demanda no mercado de bicicletas como um todo, mas as bicicletas elétricas mais uma vez vêm mostrando esse crescimento contínuo e sustentado muito importante, representando uma das respostas para o futuro promissor do nosso setor”, afirma.
Segmentação após Resolução Contran 996/2023
Bicicleta Elétrica
Até 1000W e 32 km/h (era até 350W e 25 km/h)
Esportiva até 45 km/h
Autopropelido
Até 1000W e 32 km/h (era até 20 km/h)
Sobre a Aliança Bike – Associação Brasileira do Setor de Bicicletas
Criada em 2003 e formalizada em 2009, a Aliança Bike tem em seu escopo de atuação a defesa do setor e da economia da bicicleta no país, sempre visando o interesse coletivo. A entidade é formada por mais de 180 empresas e organizações associadas, abrangendo fabricantes, montadores, importadores, varejistas e lojistas, espalhados por mais de 20 estados.