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Governo de SP anuncia construção de velódromo no Centro de Treinamento Paralímpico

Compromisso foi anunciado durante assinatura de renovação do acordo de cooperação com Comitê Paralímpico Brasileiro para administração do CT

9 de agosto de 2024

Foto: Leandro Neumann Ciuffo

Prorrogado por mais 35 anos, o acordo de cooperação com o Comitê Paralímpico Brasileiro para a administração do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, inclui o fornecimento de equipamentos e materiais para os treinamentos, competições e eventos esportivos, além de serviços médicos aos atletas, alimentação, manutenção, conservação e segurança do complexo esportivo, que fica numa área de 140 mil m² na zona sul da capital.

Mas a grande novidade para os ciclistas, paralímpicos e olímpicos, foi o compromisso anunciado para a construção de um velódromo no CT, um sonho antigo desde a construção do complexo esportivo segundo o Coordenador de Paraciclismo da Confederação Brasileira e membro da Comissão de Paraciclismo da UCI, Edilson Rocha Tubiba.

“A construção do velódromo vai fazer com que a gente tenha um crescimento muito grande na qualidade da preparação dos atletas, assim como foi no atletismo, na natação e no tênis de mesa desde que o Brasil começou a usar os equipamentos do CT em 2017. O ciclismo é a terceira modalidade que mais distribui medalha em jogos paralímpicos hoje e com o velódromo isso só tende a crescer, além de proporcionar a experimentação do esporte para outros atletas”, comenta Tubiba ao destacar a trajetória  da paratleta Sabrina Custodia,  duas vezes campeão mundial no ciclismo depois  de migrar do atletismo.

Hoje a cidade de São Paulo conta com apenas um equipamento do tipo e sem condições de uso: o Velódromo da USP, inaugurado em 1977 e que chegou depois da reforma do Velódromo do Ibirapuera para acomodar um estádio de futebol e depois uma pista de atletismo – o espaço dedicado às bicicletas foi extinto por completo ainda em 2002. Hoje, os paulistanos que querem ter a experiência de pedalar nas pistas inclinadas características do ciclismo de pista, precisam se deslocar para o Velódromo de Caieiras, o mais perto da capital, mas que também precisa de reformas.

Quando construído, o Comitê Paralímpico ficará responsável por gerenciar o uso do equipamento, mas Tubiba garante que tanto ciclismo paralímpico, quanto olímpico se beneficiarão do velódromo. “Dentro do centro de treinamento, o velódromo vai ser a única instalação esportiva que vai ser aberta para o esporte olímpico também. É muito cedo para dizer se será aberto ao público, mas com certeza servirá para a formação de atletas e  realização de competições. Sempre com maior foco no desenvolvimento da equipe paralímpica e olímpica de ciclismo de pista”, pontua Tubiba.

Para Gisele Gasparotto, fundadora do grupo e equipe Lulu Ciclismo, “o velódromo é uma modalidade que acima de tudo desenvolve técnicas essenciais até para quem faz ciclismo de estrada”. Ela lembra que no Brasil temos alguns velódromos ativos com pouca efetividade em relação a competições específicas que ajudam a engajar a utilização. “O que vemos hoje são velódromos mal cuidados e com pouco interesse dos ciclistas”.

Neste sentido, Gisele reflete sobre a possibilidade do uso do novo velódromo para treinos não só de profissionais, mas de ciclistas amadores: “Será necessário uma boa parceria com a Confederação e Federação de Ciclismo para que o velódromo seja bem utilizado para treinos e competições e não vire mais um elefante branco”, conclui.

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