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Aliança Bike e ICMBio assinam Acordo de Cooperação Técnica para desenvolver o uso de bicicletas nas Unidades de Conservação

O primeiro produto será um amplo estudo, que irá embasar estratégias do governo federal para melhoria e ampliação do uso público com bicicletas nas UCs

A Aliança Bike e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) acabam de firmar um Acordo de Cooperação Técnica para a criação de um amplo diagnóstico da oferta e das condições de uso público por ciclistas nas Unidades de Conservação (UCs) da União.

A proposta é que, através de dados, contagens de ciclistas, entrevistas, estudos de caso, análises dos planos de manejo, entre outros métodos, o estudo possa subsidiar as políticas nacionais para ampliação e melhoria de trilhas, acessos, receptivo e serviços para ciclistas nas Unidades de Conservação. Além de fortalecer o próprio uso público como estratégia de conservação e educação ambiental a partir da prática do ciclismo.

“No Brasil, a prática do ciclismo de montanha e do cicloturismo se dá essencialmente em áreas públicas, como Unidades de Conservação, parques e estradas vicinais. Por isso, esse estudo irá proporcionar uma ampla compreensão sobre uso público por ciclistas nesses locais e também sobre a própria prática do MTB e do cicloturismo no país”, explica Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike.

Paulo Faria, coordenador de Planejamento, Estruturação da Visitação e do Ecoturismo do ICMBio, as atividades  mais demandadas pelos visitantes e mais oferecidas nas UC federais são as modalidades que envolvem a bicicleta. “Por isso a parceria com a Aliança Bike é fundamental para oferecer maior inteligência e precisão para que o ICMBio compreenda as necessidades de seus usuários e desenvolva as melhores estratégias possíveis”, diz ele.

Para Léo Palma, da Pedal Rupestre e um dos coordenadores do estudo pela Aliança Bike, as trilhas e caminhos dentro de UCs são vistas como equipamentos de lazer que atraem público, geram renda para as comunidades ao redor e, principalmente, funcionam como instrumentos de conservação. “Vemos os ciclistas limpando e cuidando das trilhas, eles criam uma relação de afeto com o lugar”, explica ele. “Porém, ainda há muitas trilhas que não podem ser usadas integralmente pelos ciclistas. Com essa parceria vamos analisar como esses parques e UCs entendem a presença da bicicleta dentro desse território. Vamos saber se o plano de manejo permite ou não a presença de ciclistas, como é feito o uso da bicicleta, em quais áreas… Queremos saber como as UCs enxergam hoje a atividade do ciclismo nas áreas protegidas.”

Abaixo os principais objetivos do Acordo de Cooperação Técnica assinado entre a Aliança Bike e o ICMBio:

  1. Levantar e organizar os dados sobre uso de bicicletas nas Unidades de Conservação vinculadas ao ICMBio;
  2. Inventariar a infraestrutura disponível para uso público com bicicleta nas Unidades de Conservação;
  3. Realizar análise documental acerca da documentação associada ao uso público em cada uma das UC’s, tais como planos de manejo e PUP (plano de uso público);
  4. Levantar e analisar bases de dados secundárias sobre uso de bicicleta nas Unidades de Conservação, tais como mapa de calor de aplicativos (como Strava, Wikiloc e Trailforks), dados de contagens de ciclistas, eventos e competições de ciclismo, entre outras;
  5. Realizar estudos de caso apontando casos de sucesso de uso público por ciclistas, associando oferta de infraestrutura, reconhecimento legal (planos de manejo) e externalidades positivas comprovadas;
  6. Consolidar um Painel de Especialistas que deverão acompanhar a execução de todo o Estudo conjuntamente com as organizações executoras deste Plano de Trabalho;
  7. Constituir uma metodologia que possa ser aplicada por outras instâncias da Federação (como Estados e Municípios) na análise do uso público com bicicletas em Unidades de Conservação.

O esforço conjunto visa oferecer experiências e infraestrutura adequadas para ciclistas, utilizar as melhores técnicas de gestão para manter  impactos em níveis adequados, e criar ambientes de negócios que envolvam comunidades locais e empreendedores, fortalecendo a atividade como uma importante aliada da conservação da natureza e da geração de emprego e renda. O acordo tem duração máxima de 24 meses e os trabalhos começam já na semana que vem.

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Aliança Bike

Criada em 2003 e formalizada em 2009, a Aliança Bike tem como missão principal fortalecer a economia da bicicleta, além de trabalhar para que mais pessoas pedalem no Brasil. A entidade atua em diversas frentes de trabalho para atingir os objetivos. Conta com mais de 180 associados entre fabricantes, montadores, importadores, distribuidores e lojistas.

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