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Groove completa dez anos apostando no mercado nacional de bikes elétricas

Depois de uma década, a marca inaugurou sua unidade em Manaus, onde concentra a produção das elétricas

4 de janeiro de 2024

Foto: Groove Bikes

No final de 2013, a Groove entrava no mercado de bicicletas com seu primeiro lançamento de uma linha tradicional de bikes. Uma década depois, a marca segue apostando no negócio e comemora sua trajetória de sucesso com sua nova unidade industrial, em Manaus (AM), onde está produzindo sua linha de elétricas.

“Nossa capacidade total é de produzir, nesse inicio, mil unidades por mês, mas a gente está chegando, por enquanto, a cerca de 300 unidades por mês”, conta Sergio Gallo, um dos sócios e diretor comercial e de marketing da Groove. “Mas essa produção de elétricas está dentro das nossas expectativas”, completa.

A produção da Groove vai bem além dessa empreitada em Manaus. Desde o início em parceria com a Cairu PMA, instalada em Mococa (SP), a marca chega a 40 mil unidades por ano, com uma linha bem extensa, desde a infantil até as high end com full suspension e fibra de carbono.

Sociedade com Caio Salerno

Sergio Gallo considera que o DNA da marca surgiu por volta de 2010, quando foi trabalhar na Sundown e conheceu seu futuro sócio, o ex-atleta profissional de mountain bike Caio Salerno, atual diretor de desenvolvimento. A dupla criou a Soul Cycles, mas uma sociedade conturbada fez os dois partirem para uma nova empreitada e, em 2013, uniram-se a Tito Caloi e a Groove nasceu dentro da estrutura da Cairu PMA, que era do grupo Caloi.

“Com a Sundown, a gente foi pioneiro na introdução de uma marca nova no Brasil. De 2010 para cá você percebe uma grande gama de marcas nacionais, acho que chega a umas 50. E a gente percebe que o mercado nacional, hoje, está muito mais sólido, e entendemos que o produto nacional tem a mesma qualidade de uma marca global”, analisa Sergio Gallo sobre sua trajetória na indústria da bicicleta.

Optando desde o começo por uma ampla variedade de produtos, a Groove oferece as linhas infantil, urbana, estrada, MTB e finalmente as elétricas. “Nossa linha speed é um pouco mais tímida, com dois modelos, mas acreditamos que para 2024 ou 25 a gente tenha uma linha de carbono também na linha road, que é o único produto de carbono que ainda não temos”, antecipa Sergio Gallo.

Outro projeto que está na mira da empresa é a produção de quadros de alumínio na unidade de Manaus, mas isso deve ir lá para o biênio de 2026/27, com previsão da instalação do maquinário a médio prazo. Enquanto isso, a Groove importa seus quadros, principalmente da China, Taiwan, Vietnã e Tailândia, e se vale da mesma geometria de marcas globais mas com pintura diferenciada, com tintas ainda não lançadas por aqui.

Estratégias de mercado

Juntando toda a estrutura com a Cairu, a Groove conta hoje com cerca de 80 funcionários, responsáveis por uma produção capaz de atender todo o mercado brasileiro. “A gente sabe que não somos o primeiro em vendas, mas estamos procurando nichos para trabalhar em conjunto, por isso a gente tenta procurar estar sempre com uma outra marca global no ponto de venda para ter a capacidade de oferta ao consumidor”, conta Sergio Gallo, reforçando que a marca trabalha muito bem com essa estratégia ao mesmo tempo que reconhece que ela não seria adequada para uma rede varejista.

“A gente tem uma gama de produtos com a qual conseguimos atender todos os segmentos do comércio de bicicletas. Tem aquela bike shop que trabalha com urbana e linha de entrada, a gente consegue atender. Tem aquela bike shop super especializada com a parte esportiva, de alto rendimento, a gente também consegue atender”, afirma Gallo.

Mas enquanto ocupa seu lugar no mercado nacional com suas estratégias comerciais, as exportações ainda são um capítulo inédito para a Groove. “A dificuldade para as pequenas empresas para fazer exportação é que não tem benefícios em relação aos outros países. Já fomos procurados por marcas chilenas, colombianas, mas ainda não temos essa condição devido ao preço”, sentencia o empresário, sem descartar o mercado internacional a longo prazo.

Frequentador das grandes feiras do mercado ciclístico, e a Eurobike é sua preferida, Sergio Gallo se orgulha de trazer novidades para a Groove, como a full suspension elétrica em 2018. As bikes elétricas, aliás, são o principal foco no momento, e ele acredita que o público brasileiro já está se voltando para esse segmento.

“É impressionante como tem muita gente nova trocando o carro, a moto, o meio de transporte por bicicleta elétrica. A gente acredita muito nesse potencial”, declara. “Acho que a gente ainda está nessa transição da pandemia, mas acredito que no final de 2024 a gente volte ao normal”, finaliza.

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Paulo Cabral

Paulo Cabral é jornalista formado pela Universidade de Brasília com anos de experiência em rádio, TV e revistas. Ciclista de passeio, acredita na bicicleta como forma de ocupação sustentável e democrática das cidades.

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