No último ano, ciclovias e ciclofaixas cresceram em 5,0% nas capitais brasileiras, atingindo 4.266,27 km até julho de 2025. Apesar dos inúmeros indicadores apontarem os ganhos delas na mobilidade urbana, na economia, na diminuição da poluição, elas ainda crescem num ritmo muito mais lento do que o ideal.
O levantamento foi feito pela Aliança Bike (Associação Brasileiras do Setor de Bicicletas) pelo quarto ano consecutivo, com base em pedidos da Lei de Acesso à Informação (LAI) a todas as prefeituras das capitais. O período considerado foi de julho de 2024 a julho de 2025.
Nestes 12 meses analisados pelo monitoramento, o aumento total de quilômetros de ciclovias e ciclofaixas nas capitais foi de 204,1 km. Na média, cada uma das capitais brasileiras possui 158,0 km de ciclovias e ciclofaixas em 2024.
Pela primeira vez, foi introduzida a razão entre a estrutura cicloviária segregada e a malha viária total de cada capital brasileira. A extensão total da malha viária foi levantada pela equipe técnica da Associação a partir da extração e análise de dados geoespaciais atualizados do Open Street Map.
O ranking contempla apenas as estruturas para circulação de bicicletas segregadas e exclusivas. Por esta razão, ciclorrotas e outras estruturas compartilhadas com veículos motorizados não fazem parte dos 4.266,3 km totais considerados.
Este, aliás, é um ponto que vale ressaltar. Neste quarto monitoramento da Aliança Bike, o ranking apresentado traz o mais completo e fiel levantamento sobre o tema no Brasil. Especificamente porque a equipe técnica da Associação notou novas inconsistências nos dados enviados por algumas prefeituras, em relação às tipologias de estrutura segregada ou compartilhada, e readequou alguns números referentes à série histórica consolidada para não haver distorções nas comparações aos anos anteriores.
“Buscamos aprimorar a cada ano a metodologia de levantamento e de análise para a consolidação de uma série histórica que retrate bem a realidade das capitais brasileiras. Com a incorporação da comparação sobre a malha viária total de cada município frente a estrutura cicloviária segregada, podemos agora compreender o quanto que se investe nos modos motorizados de transporte e o quanto que temos de oportunidade para evoluir na infraestrutura para ciclistas. Em nenhuma capital temos 10% do total de malha viária contemplado com ciclovias ou ciclofaixas, sendo que a ampla maioria (cerca de dois terços) não chega a 3%”, afirma Luiz Saldanha, diretor executivo da Aliança Bike.
O monitoramento não analisa a qualidade das estruturas e não pode ser considerado sinônimo de toda a malha cicloviária do país, pois foram consideradas apenas as capitais.
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