Especialistas em mobilidade urbana já apontaram há muito tempo: ampliar a rede cicloviária de grandes centros urbanos traz diversas vantagens para a população. Da economia de dinheiro e tempo a diminuição das taxas de poluição, os espaços dedicados às bicicletas são um ganho para toda a sociedade, mas ainda crescem num ritmo muito mais lento do que o ideal. No último ano, ciclovias e ciclofaixas cresceram em 7,3% nas capitais brasileiras, atingindo 4.106,8 quilômetros até julho de 2024.
O levantamento foi feito pela Aliança Bike (Associação Brasileiras do Setor de Bicicletas), com base em pedidos da Lei de Acesso à Informação (LAI) a todas as prefeituras das capitais. O período considerado foi de julho de 2023 a julho de 2024.
Nestes 12 meses analisados pelo monitoramento, o aumento total de quilômetros de ciclovias e ciclofaixas nas capitais foi de 280,7 km. Na média, cada uma das capitais brasileiras possui 152,1 km de ciclovias e ciclofaixas em 2024.
O ranking contempla apenas as estruturas segregadas e exclusivas para a circulação de bicicletas. Por esta razão, ciclorrotas e outras estruturas compartilhadas com veículos motorizados não fazem parte dos 4.106,8 km totais considerados.
Este, aliás, é um ponto que vale ressaltar. Neste terceiro ano consecutivo de monitoramento da Aliança Bike, o ranking apresentado traz o mais completo e fiel levantamento sobre o tema no Brasil. Especificamente porque, no ano passado, a equipe da associação notou algumas inconsistências nos dados enviados por algumas prefeituras – que misturaram ciclorrotas e vias compartilhadas (não segregadas e não exclusivas para ciclistas) – mesmo com o pedido explícito de considerarem apenas ciclovias e ciclofaixas.
“Desta vez as prefeituras melhoraram a qualidade dos dados enviados, com maior detalhamento de cada tipologia de estrutura implementada. Isso nos permitiu desconsiderar estruturas compartilhadas com veículos automotores e até dois casos de prefeituras que contabilizavam em duplicidade (ida e volta) algumas ciclovias. Podemos afirmar com tranquilidade que este ano temos um monitoramento o mais fiel possível à realidade, que nos permite construir essa série histórica de acompanhamento da evolução da malha cicloviária”, explicou Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike.
O monitoramento não analisa a qualidade das estruturas e não pode ser considerado sinônimo de toda a malha cicloviária do país, pois foram consideradas apenas as capitais.
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