8 Destaques do Mundial de MTB 2025
Os campeonatos mundiais de Mountain Bike terminaram neste domingo em Valais, na Suíça. Com vinte e sete camisas arco-íris em jogo, muitas boas histórias contadas. Alegrias, frustrações, performances históricas e a despedida emocionante do maior mountain biker de todos os tempos, o suíço Nino Schurter, que não foi embora sem subir uma última vez ao pódio, com um bronze no revezamento misto. A seguir fatos mais marcantes desta edição.
Franceses com o pote de ouro

Koretzky, no XCC, um dos nove títulos mundiais dos franceses em 2025
Os franceses dominaram o quadro final de medalhas, tanto em número de ouros, com nove, quanto no total de presenças no pódio: 19 (9 ouros, 3 pratas e 7 bronzes). O Canadá foi o segundo colocado com quatro medalhas de ouro, seguido por EUA e Áustria, com três. Em número de medalhas, os donos da casa ficaram em segundo, com 14, porém com duas vitórias.
Ao todo, 21 países medalharam no Mundial, incluindo uma inédita conquista da Namíbia, medalhista de prata com Roger Suren, no XCO categoria Júnior.
A Despedida de Nino Schurter

Nino foi o último a cruzar a linha de chegada e foi ovacionado pelo público
Dono de 10 títulos mundiais, N1no fez sua última participação em mundiais em ambiente de celebração com justas homenagens por todos os lados. Ao cruzar a linha de chegada do XCO na 42ª colocação – última colocação, foi ovacionado pelo público. Ele também foi homenageado no pódio ao entregar a camisa arco-íris para Alan Hatherly, encerrando uma trajetória que dificilmente poderá ser igualada no MTB Mundial.
Bicampeões no XCO e XCC masculino

Haterly renovou o título depois de uma temporada dividida com a Estrada (Foto: Kike Abelleira)
O sul-africano Alan Hatherly reafirmou sua supremacia ao conquistar o bicampeonato do cross-country olímpico (XCO), dominando a prova em Crans-Montana desde as primeiras voltas. O resultado não deixa de ser uma surpresa, já que ele dedicou boa parte da temporada ao ciclismo de estrada.
O francês Victor Koretzky também sagrou-se bicampeão. Porém, no Short Track (XCC). Curiosamente, assim como Haterly, ele passou a temporada inteira sem vencer com a camisa arco-íris na Copa do Mundo. Sua única conquista tinha sido na 1ª etapa do XCO em Araxá.
Frustração de Mathieu Van der Poel

Sucesso na Estrada e no Ciclocross, MVDP segue em busca do brilho no MTB
O fatídico tombo em Tóquio continua ressoando na cabeça de Mathieu van der Poel. Uma das grandes estrelas deste mundial, ele iniciou com ritmo forte, chegou a estar entre os líderes, mas rapidamente perdeu desempenho e finalizou distante, em 29º lugar. Finalmente, o neerlandês admitiu que sua forma física não está boa e encerrou sua temporada. Não antes de prometer voltar a tentar o título mundial no MTB um dia. Em dezembro ele deve iniciar a briga pelo oitavo título mundial no Ciclocross, onde reina absoluto.
O fenômeno Bella Holmgren

Bella Holmgren venceu XCC e XCO pelo segundo ano consecutivo (Foto: Trek)
Na sub-23 feminina, a canadense Isabella Holmgren confirmou seu domínio ao conquistar o bicampeonato mundial tanto no XCC quanto no XCO. Sucesso, todavia, tanto no resultado quanto na forma, com uma exibição nos dois eventos. Bella é um dos maiores fenômenos do ciclismo atual, brilhando também na modalidade de estrada.
Redenção completa de Jenny Rissveds
A sueca Jenny Rissveds, campeã olímpica em 2016, conquistou seu primeiro título mundial na elite do XCO. Foi uma atuação dominante, liderando do início ao fim e superando rivais de peso. O título marcou sua volta por cima definitiva em 2025, complementando outros feitos e superando, assim, momentos difíceis na carreira. Tudo isso, entretanto, dias depois de ter sido batida pela suíça Alessandra Keller no XCC.
Norte-americanos protagonistas no XCM

Courtney venceu uma batalha de 7h para ser campeã mundial, agora no XCM. (Foto: USA Cycling/SW Pix)
Na maratona (XCM), o norte-americano Keegan Swenson foi campeão, quebrando o favoritismo de europeus tradicionais nesse tipo de prova. O título no feminino também ficou com os EUA, mas com um nome muito conhecido no MTB Olímpico, Kate Courtney, indicando cada vez mais seu destino rumo as provas de longa distância.
Destaques Brasileiros

Ulan segue evoluindo ano a ano. (Foto: Instagram @ulangalinski/ @mmondini_photo)
– No masculino, o baiano Ulan Galinski foi o melhor brasileiro, finalizando em 23º lugar na elite do XCO; Alex Malacarne terminou em 38º, mostrando evolução em cenário mundial. O Brasil levou quatro ciclistas na Elite, com Malacarne entregando o melhor resultado no XCC: 29º.
– Em seu último ano na sub23, Giuliana Morgen, a GiuGiu, fez duas boas participações, terminando o XCC na 14ª colocação e o XCO na 12ª.
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Todos os resultados do Mundial de Valais aqui
De volta para a Copa do Mundo
Alguns de roupa nova, outros apenas com o título renovado, a temporada de MTB contudo ainda tem três importantes etapas na Copa do Mundo UCI XCO/XCC este ano. Ainda esta semana, os pilotos voltam a competir na Suíça entre os dias 18 e 21 de setembro, na pista de Lenzerheide. Depois cruzam o oceano para duas disputas nas Américas: Lake Placid, Nova York, EUA (3 a 5 de outubro) e Mont-Sainte-Anne, Canadá (9 a 12 de outubro). Certeza ainda de muita emoção nesta reta final, valendo o ranking e o título do circuito.